sexta-feira, 29 de junho de 2012

PAPEL TIMBRADO



Tua marca em mim personalizada
Vivendo no ar que inspiro
Que dentro de mim, aninha-se
Na música que embala o meu corpo
Nas lembranças da minha mente
Como um filme a passear pelos meus olhos
Não importando o agora

Alguns amores eu vivi
E de você não esqueci
O destino quis afastar nossos corações

Sem lembranças
Em sua plenitude levar
São saudades que a minha alma
Entrega-se confusa
Pondo-se a prantear
Sem entender, tampouco compreender

Papel timbrado
Tua voz, tua tez, teu olhar
Nítida presença em mim
Desabrochando a saudade, enfim
Nos momentos tristes de dor
Onde há sangue no papel
Jorrando vagarosa e copiosamente
A marca que no meu peito deixou.


AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.


domingo, 24 de junho de 2012

PRESENTE VILÃO!


Ira esparramada nos olhares trocados
Relâmpagos cortando o céu
Farpas nas palavras doridas
Fortemente violadas


Porta escancarada para o tédio
Afastamento natural de alma
Num desencontro suicida
Arrependimento inexistente
Afinal, somos "senhores" da razão!


Sorvemos o fel da negação amorosa
Descaracterizando a beleza de um abraço
Seguindo direções contrárias
De costas para a felicidade plena
Para o sorriso abençoado
Num leito sem olhares percebidos


De costas ficamos para nós
De costas ficamos para o amor
De frente ficamos para o orgulho
De frente ficamos para os achismos


Achismos que não cedem
Nossas falas
Privando a visão da lucidez
Petrificando em meros segundos
Tudo o que não deveríamos dizer


Sem compreender olhamos o passado
Vendo que trazia consigo
Um bálsamo estruturador
Uma união ensurdecedora
Na qual víamos o futuro
Com o seu frescor que corava as faces
Deixando-as ruborizadas
Tal qual um bebê saudável
Dando os seus primeiros passos


O presente é o vilão impiedoso
Destituiu o passado companheiro
E impediu a chegada do futuro sereno.


AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.


terça-feira, 19 de junho de 2012

TERRA


Na medida sem exatidão encontro-me
Sem quase pulso a bater
Sem a alma no meu peito a verter


Ilusão não é a minha conquista
Não vivo a flutuar
Minhas mãos apalpam a Terra
E os meus pés nela dançam
Deitando o meu corpo sobre ela
Sentindo assim o seu frescor
Sob a minha pele ressequida


Terra, força que emana
Sensatez expressando
O momento bilateral


Misturo-me a ela
Sem saber quem é quem
Aprofundo-me até encontrar as respostas
Para o meu coração questionador


Espalhar-me-ei no ar
Somente quando a Terra
Expelir seus ensinamentos
Afagando-me em seu solo
Com o ânimo do Sol a aquecer- lhe
Ao dia de um céu azul
E a chuva a descer
Nas noites misteriosas
De nuvens acinzentadas.




AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.




quinta-feira, 14 de junho de 2012

CENAS DE AMOR!



A minha boca rodeando o teu corpo
Entregue aos prazeres demoradamente
Deslizando suavemente sob a tua pele
Sedenta e pedinte ao encontro do sinal
Amarronzado em teu pescoço
Exibindo virilidade

Nesta hora é como um fantoche
Sem pudor, sem pesar
Deixando fluir todas as ardentes sensações
Ao fechar dos olhos

Teu corpo é o meu experimento
Cada vez mais explorado
Que tem aroma próprio
Banhado de suor e saliva
E aquecido pela temperatura
Elevada do meu naquele instante

És o meu amado conhecedor
Dos meus olhares, falas e gestos
Sabes com propriedade o que quero
Antes dos meus lábios sussurrarem

És sabedor dos meus desejos
Dos toques que anseio loucamente
E da estrada a percorrer
Com a gentileza de um sábio
A elegância de um cavalheiro
E a liberdade de um passarinho.


AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.




terça-feira, 5 de junho de 2012

O AMOR É LÚCIDO?





Não sei se o amor é lúcido
Não sei se existe razão no sentir
Sei que nos braços do meu amado
Sinto-me tão bem em um mundo
Somente nosso, verde e rosa
Esperança e amor


Gargalhantes rodopios de felicidade
Frases por terminar, lições aprendidas
Trocas esplendorosas num encontro de ais
Sem tempo determinado, renovação e crescimento
Fonte de liberdade e paixão, tropeços e passos firmes
Fazendo-nos fortes e inteiros


E quando em pedaços temos a compreensão
A juntar as nossas almas até sem querer
Então, eu sei que amo


Um amor sentido através dos olhares
Dos corpos banhados em suor
De felicidade desordenadamente
Numa calorosa inspiração de almas
Aquecendo-se continuamente
A despeito da sociedade
Das diferenças humanas
Dos conceitos morais e amorais


O amor em mim é Senhor
E eu sou sua serva
Tendo muito a aprender
Em mares lúcidos ou não
Apenas entregar-me às ondas
Que o meu Senhor mostrará.




AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.