segunda-feira, 27 de agosto de 2012

SENSAÇÕES PROVOCADAS



Voz inebriante chamando-me de amada
Aquecendo-me com o ar saído de tua boca
Despertando em mim um longo prazer



Voz que enternece o meu rosto
Fazendo eu abrir um delicado sorriso
Teu, só teu!



Voz que estremece o meu corpo
Ao timbre forte em meus ouvidos
Pulsações em mim levemente afloradas
Num tom provocante e crescente
Iniciando um momento de amor



Teus olhos cultuam os meus
Reluzindo todo o seu brilho
Tua boca pede a minha
Inevitavelmente apaixonada


Teu nariz toca a minha pele
No afã de endoidecer-me

Teus braços envolvem os meus
Numa previsão de emoção
Transparente ao coração



Mar entregue ao Sol
Imensidão e calor fundem-se
Nos momentos férteis de amor
Nascentes em solo sagrado
Onde não habita a solidão.


AUTORIA: Patrícia Pinna
Imagens: Internet e Acervo Pessoal






quarta-feira, 22 de agosto de 2012

EXTREMOS



Sua alma nobre gerando amor
Hoje ofuscada pelo invasivo terror
Vivendo prisioneira do desequilíbrio
Que desejosa precisa extirpar

Perdida está sem saber como proceder
Isolada ficando a lamentar a bipolaridade do ser
Aprisionando-o numa doce idade
Entre pesos que não consegue suportar
Numa escuridão silenciosa de si mesmo

E o amor que o faz flutuar
Numa releitura agradável e feliz
De sonhos vividos acordado
Sorvendo a paz de uma alma tranquila
Ao sentir a calmaria do mar
Sabendo o real sentido de amar

Aprisionamento das emoções
Remorsos visíveis nas suas ações
Refletindo-se por não ter
O desejado autocontrole
Das energias espalhadas no Universo
Sugadoras de você nesse processo

Abra o teu peito e ore, a fim de obter a vitória
A amargura não é inerente a ti
Teu mundo não dará vazão ao mal
Nem ao persistente sinal
De que a inimiga depressão é o teu final.

 


AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet



sábado, 18 de agosto de 2012

NATURALMENTE!



Preciso agir naturalmente
E não fixar-me em outras vertentes
Sou o que sou autenticamente
Não posso e nem quero ser diferente


Quando tento
Eu sempre me arrebento
Sou a digital da minha alma
Personalidade única
E em conhecimento

Conhecer outras almas é interagir
Isso eu adoro fazer sem de mim fugir
Amo, sorrio, choro, grito e imploro

Inconscientemente sinto que imploro carinho
Parece contradição se sei que faço
Mas as pessoas que eu não abraço
Sinto tristeza pela ausência do laço


Sou a nudez, não nego
Prefiro esse estado descoberto
Do que os véus cobrindo o meu ser
Quero rasgá-los, descortiná-los

Não preciso dessa proteção
Eu amo da alma a exposição
A liberdade de expressão
De ir, vir e poder falar
Escrever o que sinto
Não rebuscar para demonstrar ser

Alívio imenso sinto agora
Acontece que eu tirei um peso
Da minha inesquecível memória

Se estranho puder parecer
Não há nada que eu possa fazer
A não ser soltar o meu prazer


E o meu prazer é esse:

AMAR, VIBRAR
INTERAGIR, OUVIR,
ESCREVER, LER
COMENTAR, DOAR
SORRIR, EMERGIR
CANTAR, CALAR
RIMAR OU NÃO


Ser eu mesma é o melhor deles
Sinto-me liberta, viva e corajosa
A defesa que tenho internamente
Exterioriza as minhas reações

É sangue corrente nas veias
É o ar sem poluição que respiro
É o grito que solto sem culpa

Ser natural, é a vida dentro de mim
Que tento passar na minha jornada terrestre
Procurando aprender sempre com o Mestre!


 

AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet





sábado, 11 de agosto de 2012

PASSADO E PRESENTE



Corpo frio, pulsação fraca
Emoção despedaçada
Emoção em cenas divididas
Entre o passado e o presente

Passado, reluzia a beleza da fala grave
O timbre do amor que eu sentia em mim
A verdade do significado da alma
Absoluta, incondicionalmente viva

Natureza verde
Cenário do espetáculo
Vento:
Ator coadjuvante em sorrisos
Nós:
Sentidos ao sentimento sereno
Inacreditável como nas fantasias
Contudo, fluidamente real

Presente, Natureza conturbada
Sem equilíbrio e amarelada
Árvores sem frutos e poucas folhas
Folhas secas sem vivacidade

Falas passadas eram agradáveis
Românticas, aquecendo o coração
Voando, acariciando, saindo do chão
Numa magnífica proporção de comunhão

Falas presentes sem preenchimento feliz
Cortadas, gritantes em sua raiz
Ferindo aos poucos numa agonia infeliz
Esperando um dia a salvação por um triz


Não entendo a negação incoerente
Salpicando as diversas ações
Não compreendo a afirmação
De um olhar a brilhar
E a boca externar
Um pedido de perdão

Sem sequer questionar
De onde e como vem
Essa extrema confusão pairando no ar
Como transparente desilusão.
AUTORIA: Patrícia Pinna
Imagens: Internet







segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ARREBOL DA PAIXÃO



No arrebol da paixão
O encanto é a semente viva
Germinada num solo fresco
Cultivada com fervor
Entre aromas abençoados do campo

A naturalidade dos amantes
Regando amplamente felizes
A morada onde repousa o grão
Dedicando-se ao crescimento perfeito

Não há nada assim tão ideal
Que pudessem levar até o final
O tempo desfez-se em pranto
O que antes servia de recanto

Os nutrientes outrora presentes
Precipitaram-se doentes
Desencadeando uma morte
Por desnutrição das inocentes sementes.


AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.