Macias pétalas carmim
Cobrindo a tez
De corpos brancos e nus
Exalando um perfume inebriante
Em gotículas suspensas no ar
Um recanto traduzindo sensualidade
A paixão existente em duplicidade
Chamando pelo teu corpo voraz
Em uma provocante verdade
Nos amamos entre muitas pétalas
Cobertor natural em frescor
Nos fundimos em desejos encantados
De um encontro há tempos esperado
E que os céus fizeram acontecer
Chovendo pétalas magicamente
Cobrindo-nos por inteiro
Palco vermelho sem plateia
Interpretamos nosso melhor papel
O de agradáveis e intensos amantes
Doando-nos livremente
Sem nenhum tipo de amarra
Onde as fantasias vem
Da imaginação despudorada
Que cegamente é respeitada.
AUTORIA: Patrícia Pinna
Imagens: Internet
Não penso, não compreendo e não existo
Se em mim não morar o amor
Serei apenas o vazio, um lugar qualquer
Sem cores e sem calores
Vivendo em dores
Arrastada pela força
De um furacão impiedoso
A minha alma de fraqueza se veste
Com lágrimas se banha
Sendo reprovada no teste
Em questões sobre
O sentido da vida
A visão da Natureza enternecida
Abrilhantando o Universo irmão
Amor, como é clamado por mim
Banalizado pelo homem
Na sua nobre essência
Vulgarizado por quem mais precisa dele
Ridicularizando o sentir bem ao fundo
Contribuindo com fervor
Para a perdição do mundo.
AUTORIA: Patrícia Pinna
Imagens: Internet
Tua boca em fetiche de loucura
Provoca a minha libido estonteante
Brilho de cor sem igual
Sedosa como a mais fina pele
Deslizando por entre
Centímetros de luxúria
Paladar saboroso e recorrente
Na minha fértil imaginação voadora
Vendo-te espalhada nas sementes
De um aroma inconfundível
Estou a esperar-te na minha retina
Vívida e fagueira a envolver-me
Nos encantos benéficos ao meu coração
Tua silhueta é o meu esconderijo confortável
Sem vontade alguma de ser descoberto
Querendo fundir corpos
Libertar almas
Satisfazer desejos.
AUTORIA: Patrícia Pinna
Imagens: Internet
Tudo é tão pouco, tão imensurável
Para descrever a tristeza do teu olhar
Onde mergulhei no mar castanho
De tanta dor e desilusão
Amor existente, sem condição atualmente
Condição de ser leve, livre e voar
Conhecer novos lugares e se apaixonar
Sem preocupar-se com atitudes profanas
Amor, alento e atenção
Liberdade, verdade e cumplicidade
Deveria reinar na nossa confusa emoção
Onde nos caminhos da vida em escuridão
Andamos na lamentável contramão
Esquecendo da importante fascinação
Como a balança pende para o desamor
Quando queremos em brancas nuvens
Viver o amor, a paz e a união?
Crescentes atitudes de cansaço
Espalhando-se no nosso ilusório espaço
Tentando acreditar na invisível condenação
Dos nós que desatam sem ação
A covarde falácia proferida
A desumana maldade praticada
A pertubardora migalha ao léu
A ensurdecedora palavra sem céu!
AUTORIA: Patrícia Pinna
Imagens: Internet
Espinho cortou a carne em postas
Vermelhou veemente até a alma
Cumprindo sua dolorosa missão
Um tempo determinado não há
Vive, morre e revive
Deixando ferido o seu alvo
Exorcizando aos poucos a dor
Tem em sua tez cansada
As marcas do terror consentido
Apagando ao longe
As cicatrizes pintadas de carmim
Tal espinho não é mais poderoso
Tampouco reluzente como a linda flor
Cobrindo de pétalas sedosas
Um coração que renasceu para o amor.
AUTORIA: Patrícia Pinna
Imagens: Internet