quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Despertou! By Patrícia Pinna



Acordou de eras repletas de estagnação
Concluiu possuir importante bravura
Renovou as camadas do coração
Sorriu para o futuro com candura

Penteou a madeixa curta e ondulada
Espalhando o castanho na sua mão delicada
Amando a possibilidade do recomeço
Mesmo havendo nele provável tropeço

Fez-se em luz de harmonia branca
Deslizando lágrimas de purificação
Rendendo-se ao chamado da nova estação
Decorada com perdão em voz franca.


Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet

domingo, 25 de agosto de 2013

Taça Quebrada! By Patrícia Pinna



O cristal fino brindava a união
Do amor e cumplicidade
Na verdadeira intensidade
Jamais imaginando qualquer desunião

Foram formando formatos
De fissuras, aos poucos, pela taça
Visíveis aos olhos do coração
Não mais existindo a bela doação

Partiu o cristal na sua mão
Sangrou em grande proporção
Sentiu dor no profundo corte
Deixou-se fazer um curativo bem forte

Queria ter o poder da renovação
Queria ter o poder da premonição
Para fazer com o que o cristal não partisse
Evitando que alguém se ferisse

Mas ela é uma simples mortal
Sem algum poder sobrenatural
Apenas é movida pelo deus do amor
E de gole em gole, vai provando seu sabor

Sejam mágicas as moléculas
Fazendo a junção da transparente taça
Não permitindo enxergar a fissura
Novamente o líquido brindando
Sem derramar ao chão
Uma gota de doçura.


Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Abraço! By Patrícia Pinna



Conversei com a lua, que cansada
Pediu abrigo às estrelas, quase adormecidas
Acordando o sol, então, prontamente pondo-se a brilhar
Aquecendo-me a alma
Das noites frias que passei
Nas minhas andanças pelo firmamento

Onde apenas cansei os femininos
Sendo compreendida pelo rei
Do seu trono desceu
Dando-me um abraço caloroso
Do qual eu tanto precisava.


Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Anjos da Poesia By Patrícia Pinna



Os anjos da poesia cálida
Falam através da mão pálida
Entre muitas luas e o silêncio
Habitante hospitaleiro do meu eu

Nas viagens cíclicas que fazem
Encontram novos personagens
Assumindo diversas identidades
Feras, fadas, gnomos e duendes

A liberdade transpassa o véu
Que cintila em prata anil
Partículas poderosas e curiosas
Imensamente decoradas no infinito céu

Anjos, ciclos e liberdade
Elementos da poesia subordinada
Apenas ao amor na eternidade
Onde a fantasia é real
E a realidade, uma fantasia.


Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet

sábado, 10 de agosto de 2013

Maré Cheia! By Patrícia Pinna




Luz iluminando os meus quereres
Na objetividade da claridade
Na transparência dos despudores
De encontro ao que é sedutor

Homem firme de abraço forte
Muitos são os  seus tentáculos a me prender
E eu a não querer sair de nenhum deles
Na subjetividade do prazer, na insinuação do querer

Seus beijos molhados saciam a minha sede
E numa festa, brindamos ao fim da seca
Onde a chuva desce desmedidamente
Como a força de uma enchente
Sem a nada destruir, preenchendo os córregos
Outrora secos, com a plenitude da maré cheia.


Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet

domingo, 4 de agosto de 2013

Negritude da Alma By Patrícia Pinna



Nuvens, escuridão e lamentação
Noite caída em perdição
Livro aberto da existência minha
Despetalando tal qual a rosa
Que vou desfolhando aos poucos
Absorta em meus pensamentos

Visto-me com a negritude noturna
Esperando que ela torne-se oportuna
Favorecendo-me com seu silêncio
Onde eu possa refletir
Ao pio da sábia coruja
E antes que o dia surja
Possa eu ter aprendido
O verdadeiro sentido da vida

Embora haja placidez na minha tez
A minha alma espera a vez
De entregar-se aos rubores da paixão
Paixão incandescente e festejada
De a tudo querer bem
Sem a insanidade insólita
Camuflando uma beleza hipócrita!


Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet