segunda-feira, 27 de abril de 2015

Se Um Dia... By Patrícia Pinna



Se um dia nos encontrarmos, receberei de ti
Um abraço suave num tempo paralisado
Onde cerrarei os meus olhos contemplando
A beleza do momento para não mais esquecer
Na hora de viajarmos pela natureza, palco de felicidade e pureza
Vento a sensualizar sensivelmente pelas madeixas  cor de fogo Despenteando os sentidos outrora tão comportados

Se um dia nos encontrarmos, agradecerei aos céus
Lugar onde estarei encantada com tão precioso presente
Mesmo partindo, como um pássaro que voa, longe do céu
Onde moro, dos caminhos que sigo, deixando saciada
A minha doce ilusão em contentamento sofrido
E um reluzente olhar

Segue pelo meu corpo um arrepio crescente
Despertado pelas linhas lidas de ti, canções de notas
E acordes de alma, acolhendo na palma e com calma
O meu coração Fênix

Se um dia nos encontrarmos, serei plena e o amor
Habitará minh'alma sem preocupar-se com a despedida
E, voltarei ao tempo, vivenciando a essência da naturalidade
Onde cúmplices serão nossas protetoras mãos
No aconchego bendito do toque ameno, sem pressa
Feito reza silenciosa e intensa
Se esse dia existir, quão belo e iluminado de poesia será!

Autoria: Patrícia Pinna
Imagem: Internet
Vídeo: You Tube



terça-feira, 21 de abril de 2015

O Que Será? By Patrícia Pinna




O que será o arrepio que a toma sem pele
Com palavras que aquecem as pernas
Um sorriso de criança, descobrindo
Entre as muitas sensações florescentes
De um nascimento de sensações inocentes?

O que será um desejo incontido sem abraço
Sem boca a beijar, um olhar sem se cruzar
Forte como um vento demorado a passar
Deixando a brisa lentamente mover o passo
E, em pensamento, viajar e seu destino encontrar?

Insanidade será? Subtração dos sentidos, ora lúcidos?
Imersão em uma palheta sem cor ou colorida em demasia?
Para a esquerda não  volta sua direção
Tampouco para a direita, sem equilíbrio, centro
Que destino é esse temperamental e indeciso?

A canção é um bálsamo  saciando esses momentos
Dá luz ao âmago dessa alma confusa, partida
Entre o bom senso e o inesperado, quão inesperado!
Como as estrelas, vai desnudando emoções  de forma querida
Que deveriam ser aprisionadas, mais certo seria
E a pergunta continua  a suspirar...


Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet.





quinta-feira, 9 de abril de 2015

A Mais intensa Dor By Patrícia Pinna



Tempo  de hibernação, quando muito
Ações programadas, sem vontade
Apenas preenchendo os dias
Que a necessidade impõe
Frustração, desilusão, tristezas e mágoas
São o banquete impiedoso, seu desjejum
Onde o apetite é secundário

A água não banha seu corpo como outrora
Nem expulsa seus diversos demônios
Paradoxalmente ela é escassa
E os antônimos causam inundação

Tem uma alma tão sensível
Sem escudo protetor
Refém de uma dor 
Chamada isolamento

Sua fala é por poucos ouvida
Quando queria mesmo era emudecer
Desaparecer em meio ao verde de uma ilha
Ao azul da água contemplativa batendo em rochas
Vislumbrando as muitas estrelas deste tão escuro céu
Conversar com Deus, gritar sem ninguém ouvir
E, cansada, silenciar...


Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet