Vicio-me no que é bom, não desgrudo, sugo
Minh'alma é toda a poesia dos boleros
Quando fecho os meus olhos vendo a dança
Sentindo a música chamando-me inebriante
Como o aroma das rosas, pétalas sedutoras
Na imaginação da mente, crente que diminuto
É o calor do corpo, iludiu-se!
Ele é um vulcão dos mais potentes, plena erupção
Pronto, me perdi, pequei, ou será que me achei
Vendo a lua, a tendo como amante, suspirante
Apaixonada e apaixonante?
Criança solta na beira do mar, descalça, desnuda
Menina-mulher atemporal, sem geografia
Numa simetria deslumbrante como o vento a rodopiar
Embelezar, esvoaçando as madeixas curtas
Beijando o suave olhar tateando, decifrando as curvas rubras
Macias e carnudas num espetáculo exorbitante
Onde não há cena para deixar-se domar
Eis o que é avassalador, no entanto não provoca dor
Um abraço,um beijo, algo sem denominação, canção
Uma quietude nas falas, uma liberdade seja no que for
Envolvente, perto, único e distante, iluminado sem tensão!
Autoria: Patrícia Pinna
Imagem: Internet
Vídeo: You Tube