sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Peça de Museu By Patrícia Pinna



Foste tu, amor meu
Como uma relíquia, admirada
Como uma peça de museu
A contar várias histórias
E vida formou- se em seu olhar

Nos nebulosos momentos
Vieram as carícias da solidão
Com a pretensão acolhedora
De muitas lágrimas, fixação

As peças de museu
Tem verossímeis sentidos
Presas a aguçar curiosidades
Na prata, no bronze ou no ouro
Quiçá, nas madeiras e mármores
Esculpidos por talentosas mãos

Amor meu, entrarás para a História
Serás apreciado ou renegado
Teus seguidores dirão 
Qual será sua restauração
De valia, ou posta numa lacuna qualquer
De seus labirintos surdos

Peça de museu não morre
Ganha a eternidade no espaço
Íntimo e particular de cada alma
Com a calma da oração a Deus
SANTUÁRIO!


Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais reservados
Imagem: Internet