Foste tu, amor meu
Como uma relíquia, admirada
Como uma peça de museu
A contar várias histórias
E vida formou- se em seu olhar
Nos nebulosos momentos
Vieram as carícias da solidão
Com a pretensão acolhedora
De muitas lágrimas, fixação
As peças de museu
Tem verossímeis sentidos
Presas a aguçar curiosidades
Na prata, no bronze ou no ouro
Quiçá, nas madeiras e mármores
Esculpidos por talentosas mãos
Amor meu, entrarás para a História
Serás apreciado ou renegado
Teus seguidores dirão
Qual será sua restauração
De valia, ou posta numa lacuna qualquer
De seus labirintos surdos
Peça de museu não morre
Ganha a eternidade no espaço
Íntimo e particular de cada alma
Com a calma da oração a Deus
SANTUÁRIO!
Autoria: Patrícia Pinna
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Imagem: Internet