domingo, 25 de novembro de 2018

Fêmea By Patrícia Pinna



Tentou diversas vezes rabiscar linhas
Criar versos em sintonia com a paisagem da beleza
Mas a realeza estava ao chão
Suas roupas eram vestes inferiores, rasgavam-se à toa
Muita linha para coser todo o tecido
Sofrido com a erosão inevitável do tempo

Sofria de desesperança, bebericava goles
Finais de esperança, mordia em orgasmo sua pele aflita
Quisera ser o voo mais alto de benevolência
A pureza dos olhares de amantes
A eternidade em si
O abraço mais acolhedor e intimista, seu casulo

Tentara, sofrera, quisera...

Inflou seu ego como ao do imponente pavão
Fantasiou uma solução
Atirou suas penas como armas de proteção

Vestiu sua mente de vaidades
Começara a crer nas verdades inexistentes
Procriou como fêmea, e deitou-se como criança
Sorriu...


Autoria: Patrícia Pinna
Direitos Autorais reservados por Lei
Imagem: Internet
Vídeo: You Tube




domingo, 4 de novembro de 2018

O Oculto da Reconstrução! By Patrícia Pinna




Cabia-lhe no profundo pesar dos olhos
A visão desconhecida, alma clara, pólen
Enleio de remanso, uma imaginação 
vertiginosa, instrumental preenchido
por versos impressos de vida, ora falida

Fecundo ventre amante do campo 
e seus silêncios crus, pinheiros musgos
poesia bucólica, a contemplação despida
na despedida, embargo na voz

Regresso ciente do caminhar sem lua
Canto de gaiola sem água, novo sentido
Além da sua percepção intuitiva, mágoa
e um escudo invisível a lhe procurar

A pedra serviu-lhe de travesseiro
Toda terra do fundo da cachoeira, de unguento
e, os animais de ouvintes, num monólogo
compreendido, bem mais do que se fossem humanos
e o fogo afastara de si os tropeços da escuridão
Foi-se, então, forte, protegida e amada pelo não revelado
nesse tempo de reconstrução, nada é em vão!


Autoria: Patrícia Pinna
Direitos autorais reservados por Lei
Vídeo: You Tube
Imagem: Internet