segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Mazelas da Alma By Patrícia Pinna



A parte obscura censura
Os atos,que nos átrios
Criam personagens enganadores
São felinos de porte altivo
E  ávidos por sangue

As pequenas presas
São escolhidas e devoradas
Na estreita estrada da luz e escuridão

Quem grita?
Quem se importa?
Quem lida bem?
Ninguém

A marca vai além da derme
Penetra, perfura, perturba
Alma subordinada aos algozes
Tão infelizes, cruéis e nocivos
Sem encontrar caminhos de fluídos brancos

Só repouso em cinzas quentes
Queimando um naco de consciência
Assombroso quadro pintado em cores mortas
Sem reverberar hora alguma

Não há enleio, veraneio
Só as correntes invisíveis
Os levando aos torturadores da alma jaz perdida
Compreendida pelo retorno sem dia certeiro
Vem sorrateiro dando o bote
Mazelas irreversíveis, colheita


Autoria:Patrícia Pinna
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Imagens: Internet