À MINHA MÃE, MEU ANJO

Seus olhos pequenos e rasgados
Estão agora a expressar felicidade
Para outros que tem em ti
O aconchego, o amor, o amparo e a benevolência

Você sempre gargalhando
E alegrando as pessoas 

Sinto você em cada flor
Em cada animal
Em cada bibelô que adoravas

Nas mínimas expressões de alegria ou zanga
Nas falas de cada um imitando você
No tempo frio que a fazia esconder-se
Nas cobertas macias

Nos móveis antigos
No colorido das roupas extravagantes
Na sua comida predileta
Na sua cor lilás

Nas músicas que faziam o seu corpo pequeno
De coração grande, dançar
Na França que querias conhecer e cantar

No amor que tinha por nós
No ouvido que emprestavas
A todos de alma carente
E coração angustiado

Nessas horas esquecias dos seus males
Das suas tristezas
Lembro do seu imenso amor por Deus
Da sua devoção a Ele


AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet e acervo pessoal.