Luas ofuscadas envoltas num fino véu
Sem o poder de abrilhantar as horas tão repetitivas
Uma Primavera às avessas
As dores são pedras sem forma
Com a aspereza manifestando fraquezas
Um desespero de labirinto gigantesco
A se avolumar na primeira hora
Há um olhar tão a esmo dando dó
Um descaminho de décadas e incertos dias
Sem nada compreender tal destino e seu porquê
Querendo vivenciar o amor escondido
O que jamais chegara e tampouco provara
Quiçá venha um vendaval interior
Varrendo os infortúnios de uma alma
Solitária sem querer ser
Grande fardo covarde de carregar.
Autoria: Patrícia Pinna
(Todos os direitos autorais reservados por Lei).
Imagem: Internet