REDESCOBRIDORES DA ALMA!

sábado, 9 de outubro de 2021

Arredores By Patrícia Pinna



Há uma tristeza nos arredores dos Céus onde vagam as estrelas

Luas ofuscadas envoltas num fino véu

Sem o poder de abrilhantar as horas tão repetitivas

Uma Primavera às avessas


As dores são pedras sem forma

Com a aspereza manifestando fraquezas

Um desespero de labirinto gigantesco

A se avolumar na primeira hora


Há um olhar tão a esmo dando dó

Um descaminho de décadas e incertos dias

Sem nada compreender tal destino e seu porquê

Querendo vivenciar o amor escondido 

O que jamais chegara e tampouco provara


Quiçá venha um vendaval interior

Varrendo os infortúnios de uma alma

Solitária sem querer ser 

Grande fardo covarde de carregar.


Autoria: Patrícia Pinna

(Todos os direitos autorais reservados por Lei).

Imagem: Internet




quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Retrato de Uma Mulher By Patrícia Pinna

 


Emoldurado seus cabelos de fios finos negros

Sob as águas das suas levezas e tempestades profundas

Emerge com sorriso benevolente e sente ser abençoada

Mulher de fala suave, olhos amendoados e cristais na boca


Vive o romantismo em abraço infinito

 Iluminado pela beleza da paisagem bucólica

 Entre flores matinais e aromas sem igual

Uma leve poesia de cores claras aponta o sinal


Mulher-criança

Criança-mulher

Constrói sonhos

Sonha criando


Ama na entrega pura das sementes a florescer

Esperando o tempo de nascer o seu fruto 

Saciando a fome de um ninho que lhe seja acolhedor



Autoria: Patrícia Pinna

Direitos autorais reservados protegidos por Lei

Imagens: Internet



Poema criado em homenage  a  amiga e poeta, Nanda Olliveh.

domingo, 12 de setembro de 2021

Céu By Patrícia Pinna



Haverá um Céu florido de sorrisos

Muitas almas encontrando a paz

Olhos de vida fitando as alegrias insondáveis

De um  plano superior tão simples, estelar e lunar


As canções levantando os pés dos caídos,  doentes

Dos crédulos, daqueles que vertem suas muitas águas

Um regozijo do Espírito vindo em comunhão

Unindo as mãos  em oração reconciliatória


Onde o clamor dos miseráveis, torturadores de si mesmos

Na agonia mais feroz dos algozes, das cobranças e da solidão 

Será ouvido,  sem questionar  o enredo

Da sua condição  humana de medo.

Esse é o Céu, Lá e aqui, dentro de si.


Autoria: Patrícia Pinna

Todos os direitos autorais reservados e protegidos por Lei

Imagens: Internet.



quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Dons By Parícia Pinna

  

Quisera ter o dom da cura

Curar o mundo dos seus ódios, das suas doenças

Dos sangramentos espalhados em várias línguas

Quisera eu  me curar de quem sou

E transpor os muros da minha paralisia


Ensaiar a felicidade da vida, cada cena, um sorriso farto

Ondas de energia em alta, marés entrelaçadas

Na colorimetria e sintonia

Quisera ter o dom da visão

Expandir o terceiro olho, abrindo o chacra do coração

Ouvir os sussurros  vindo de cortinas gregas e o crepitar do fogo 


Tatear travessamente as teias transeuntes tácitas

Beber do líquido da taça dos mistérios do paladar

E não identificar o sabor do gole

Cheirar a erva na relva, suavizar os poros, inspirar

Ressignificar  a beleza da funcionalidade dos pulmões


Autoria: Patrícia Pinna

Todos os direitos autorais protegidos por Lei.

Imagem: Internet
 




sábado, 28 de agosto de 2021

Chegara o Entardecer By Patrícia Pinna


Chegara o entardecer sem a pressa dos mortais

Chegara de muito longe, uma viagem de nobreza

Pobreza, ora pai, ora irmão, inflando os seus portais

Das raras essências que compõem  o vaso da infusão

O sopro da vida em leveza, grata ventura colorida

  

Chegara como amante, contemplativo, fruto maduro

De um plantio esperançoso num olhar de prece

Tece agora as formas mais puras do deslumbramento

Desfazendo o  quebranto, um chão, uma razão

Construindo a emoção já não fria, sorria


Levantara com pés dançantes e flutuantes

Leveza do  presente envolvente em poesia

Cada gota de sangue corrente na veia 

Vivificando a origem da vida em toques iniciantes


Continue em passos lentos, plenitude etérea

Até onde as repetições envolvem beleza séria

Aquela onde voa nas plumagens cintilantes

Em seu compasso crescente da brisa nua. 


Autoria: Patrícia Pinna

Todos os direitos autorais protegidos  por Lei

Vídeo: You Tube  

Imagem: Internet



sábado, 14 de agosto de 2021

Rastro By Patrícia Pinna


Eis o rastro de um tempo sem cor, invernal

Sob a temperatura a quase zero grau

Afinal, zumbe ao relento o som do vento 

E ruas choram gotas de pedra incolor

Tormento aguçado em todas as vivências

Emolduradas por uma síntese de intuições


A pele pede alento , um cobertor, mantimento

Sobreviver é seu dever mais urgente, um unguento

Sem mais pede uma uma oração, uma ação

Uma alma bendita em caridade, sem o raso do que seja vazio


Quisera um novo olhar,  a demolição bestial , um lumiar

Recortar a folha ,onde ilustrada está, a faca fria da cegueira

Pleitear por consciência humanizada sem teoria

Uma magia de burburinho afortunado chegando por aí.






Autoria: Patrícia Pinna

Direitos reservados por Lei.

Imagens: Internet.



sexta-feira, 30 de julho de 2021

A Nova Arte de Amar By Patrícia Pinna


Despertou  para o  mundo das emoções, conhecimentos

Percebera a necessidade de deixar a Lua sozinha

Sem o seu  clarear e estrear uma arte de a si amar

Investigar o  seu interior  desdobrando a raiz do tempo


Lento tal qual a semente esperando a sua colheita

Se regozijará com o toque suave de encontrar

A alma de sentido pleno não mais a vagar

O lírio formoso embalsamar a sua tez como eleita


Um alvorecer tão intenso e nem menos importante

Do que a queda queixosa e eloquente

Saber-se pluma, saber-se pedra

O amargor e a delícia do  sabor.




Autoria: Patrícia Pinna

Todos os direitos reservados por lei.

Imagem:Internet


quinta-feira, 15 de julho de 2021

Gesso By Patrícia Pinna

No lugar  da pena tem um concreto

Nas mãos, um gesso, uma atrofia, uma dor

Quintal sem aroma de poesia, a mesmice do certo

Os cacos vestidos de cinza  traduzem solidão

Vasta corrente de frio e inquietação


São ciclos visíveis e reais do outro lado, repetição

Ousar sorrir não é a solução no sombrio tempo de exclusão

Sabes bem que a rima pobre vive em corrosão

Em ais de desilusão e insatisfação, e  então?


Seja pagão ou cristão, sempre será o mesmo critério

Enquanto a absolvição não permitir repousar

A nulidade será o canto morto e mais sério

Falta de vida será o convite  bem-vindo e estéril.



Autoria: Patrícia Pinna

Imagens: Internet

Direitos autorais reservados por Lei