sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Peça de Museu By Patrícia Pinna



Foste tu, amor meu
Como uma relíquia, admirada
Como uma peça de museu
A contar várias histórias
E vida formou- se em seu olhar

Nos nebulosos momentos
Vieram as carícias da solidão
Com a pretensão acolhedora
De muitas lágrimas, fixação

As peças de museu
Tem verossímeis sentidos
Presas a aguçar curiosidades
Na prata, no bronze ou no ouro
Quiçá, nas madeiras e mármores
Esculpidos por talentosas mãos

Amor meu, entrarás para a História
Serás apreciado ou renegado
Teus seguidores dirão 
Qual será sua restauração
De valia, ou posta numa lacuna qualquer
De seus labirintos surdos

Peça de museu não morre
Ganha a eternidade no espaço
Íntimo e particular de cada alma
Com a calma da oração a Deus
SANTUÁRIO!


Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais reservados
Imagem: Internet




sábado, 18 de novembro de 2017

Do Que Preciso By Patrícia Pinna




Não é do ouro que reluz
E, com sua luz, muito seduz
Não é a voz teórica , prenha
De promessas esperando
O tempo do parto delicado


Do que preciso é invisível
Sentido ao gesto simples
Ao que semeia no útero
A força da vida verossímil


Não é de ilusão o cavalo
O castelo e a areia
É de rocha a estrutura
O cavalgar imponente
Predizendo o sentimento


O que preciso é rasgar os tecidos
Que compõem meu corpo
E refazer, a meu gosto
A obra de poder viver
Plena, coberta de fina flor
De felicidade e amor
É disso do que preciso!


Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos reservados
Imagens: Internet






quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Sobrenomes do Amor By Patrícia Pinna



Amor é cuidado
Amor é entrega
Amor é felicidade
Amor é brilho no olhar
Amor é outra dimensão
Amor é vida
Amor é a prisão mais libertária
Amor é a conjunção de almas
Amor é o ápice
Amor é verdade
Amor é eterno
Amor é respeito
Amor é credulidade
Amor é atitude
Amor é ouvir
Amor é diálogo
Amor é infinito
Amor é exceção
Amor é delicadeza
Amor é riqueza
Amor é alimento
Amor é parceria
Amor é poder!


Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais protegidos por Lei.
Imagem:Internet. 


sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Escravidão! By Patrícia Pinna



Amar-te trouxe dor, açoite
Dos escravos na senzala
Muitas chicotadas, pele à vista
Sangue escorrendo pelo corpo, feridas
Quase morrendo de fome e de sede
Parco alimento para estar de pé!
Olhos turvos em meio ao sofrimento
Entre algumas danças de libertação
Raros momentos, interrompidos pelo cruel feitor
Mantinha-se a fé, a crença na soltura
E olhos voltados para a luz das estrelas

Pés descalços, grossos e doridos 
Banhados pela areia pesada encharcando seus dedos
Lombo marcado tentando um pouco descansar
Aliviar seus muitos pesos, dar um sentido à vida obscura
Cheirando a enxofre, sem rimas, desengano

Clamando aos seus Orixás, a limpeza da alma
A cura das feridas, o sorriso, ausência de morte
Contemplando a estrela-norte, a Natureza
Antes de desfalecer de vez sem a bênção
Em seu espírito levar, purificar e entrar noutro plano!


Autoria: Patrícia Pinna
Imagem: Internet.
Todos os direitos reservados e protegidos por Lei.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Tombo de Guerra By Patrícia Pinna



Uma indecisão da minha provável decisão
Cerro os olhos e clamo aos céus
Vendo a dificuldade, moradia implacável
Do meu ser coabitando em duplicidade

Guerreio eu com tantos pensamentos
Ao léu do destempero, quase perco a guerra
Mas viva ainda está uma fresta por onde
Passa a espada por sob os panos grossos

Venço a nebulosidade e enxergo com olhos puros
Rendo-me ao refrigério de instantes e ouço
Ouço as mais belas vozes celestiais
A cantar em coro afinado de paz

Só que esse tempo é arredio, e feito cavalo arisco
Tomba-me ao chão, deixando-me em prostração
Acabaram as forças da esperada revolução, feitiço
Com ele veio a força da tempestade...

Autoria:Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais reservados e protegidos por lei.
Imagem: Internet.



sábado, 9 de setembro de 2017

Prenúncio By Patrícia Pinna



O vento mostra-se no balançar
Da lona azul e das folhas das árvores
Num silêncio desafiador da introspecção
Algo não visto, esquecido
No âmago do sentimento

Pousa a lágrima num gotejar escasso
Intenso e estranho
Fora um oco pensamento
Condensado com o passado
Num frio de solidão

Eis a fórmula para a compreensão do eu
Onde Anjos cantam aos ouvidos
Lembrando do amor
Da nossa PRÓPRIA companhia

E, os vales e labirintos
As subidas e descidas
De muitos andares
Levam-nos às descobertas
Possibilidades e intensidade

Vejo eu o prenúncio de vida nova
Que ainda não enxerguei
Mas a alma antecipa o olhar
Cobrindo de beleza e certeza
O nada do caminho ainda por trilhar.

Autoria:Patrícia Pinna
Todos os direitos protegidos por Lei
Imagem:Internet




domingo, 20 de agosto de 2017

Sina By Patrícia Pinna





Feito uma fina flor, exuberante em seu aroma
Precisa respirar o ar noturno
Longe da confusão diurna
E suas palpitações

Sorvera o escudo como proteção
O silêncio, sua meditação
E o luar como a comida a lhe fartar
Sem mais nada precisar

Surpreendera-se consigo mesma e sua fragilidade
Depositada ao Altar lindo e delicado
Num jardim de muitas espécies de flores
E nuvens a lhe fazer companhia

Viu-se esparramada em sua alma
Calada, atenta e indisciplinada
Questionara o seu interior, nada entendera
Voltara para si o olhar e vira tantas formas
Num rosto de expressões distorcidas
Desaprendera a identificá-las
Sina!


Autoria: Patrícia Pinna

Todos os direitos autorais reservados por Lei
Imagens: Internet.



quarta-feira, 26 de julho de 2017

Madrugada de Encanto By Patrícia Pinna



Havia na madrugada um encanto
Ressoando voz masculina
Ao suave tímpano meu
Fez eco na penumbra do quarto
E lembrança gostosa de vida

Servia desejos, beijos , festejos
Interiores bem delineados
Por amores silenciosos
Ansiosos de não terem fim

O mais simples denunciava 
A rouquidão dos sussurros
Nos muitos uivos de loba
E o espelho refletia sua gula

Garras na pele parda
Fadada ao exagero, domínio
Sons de violino, balbucio
O acorde mais afinado, evidencio!


Autoria: Patrícia Pinna
Direitos autorais protegidos por Lei
Imagens:Internet.


sexta-feira, 14 de julho de 2017

Abraço do Universo By Patrícia Pinna




Suavemente cerra os meus olhos
Uma flor aveludada, pousando sua pétala
No meu interior partido feito rocha
Com tantas fissuras, formas e tamanhos
Não ousaria mensurar a dimensão desse grilhão

Vem com a poesia, com canto do pássaro
Acalmar minha respiração, relaxar
E, o ritmo desanuviar, ao eixo voltar
Energizar as emoções , desfazer o laço

E, num abraço do Universo, regressar
Ao momento de paz, sorriso, comunhão
Purificar minh'alma com a saúde do perdão
Em milímetros de partículas, respirando no ar

Bendita condução que a mim não pertence
São elos de visão de um Ser superior
A proteção sentida regada ao amor
Uma luz mansa e envolvente em sua cor
A essência do Divino e sua manifestação!


Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais protegidos por Lei
Imagem: Internet
Vídeo: You Tube



terça-feira, 4 de julho de 2017

Intuição By Patrícia Pinna



Intuindo como se uma voz intrusa e insistente
Abrisse o canal da alma
A despetalar o íntimo fragilizado
Ressoando um legítimo sentir
Transparente e cortante tal qual vidro
Espessura fina de fácil quebrar

Uma luz fortemente intensa e tensa
Reflexo fiel da retina , sem neblina
Sinalizando o triste instante opressor
A dor,a angústia, a lágrima
Quase dando certeza dos vultos vistos

E os detalhes tomam formas gigantescas
As neuroses sobem com as ondas
De muitos metros num dia de ressaca
Vento forte, pouca gente,solidão

Seguem as intuições , seguem passos lentos
Seguem os incômodos do coração
Os caminhos sem direção
A voz embargada, os cortes ,as quedas
As premonições !

Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais reservados
Imagem: Internet



sábado, 24 de junho de 2017

Morada By Patrícia Pinna



Eu quero paz
Amor 
Saúde
Um canto só meu( nosso)
Isso me deixaria em paz, mais intensa e feliz
Desde que as paredes fossem feitas de alma
O teto de espírito
E o chão de forte raiz!


Autoria:Patrícia Pinna

Todos os direitos reservados
Imagem: Internet.


sexta-feira, 9 de junho de 2017

O Que é o Amor? By Patrícia Pinna



De todas as definições que ouvimos sobre o amor,achismos ou convicções, nada elimina seu fator primordial: importar-se!
Quem realmente ama,não o faz só em datas comemorativas, um arroubo de início de relação,um frisson de uma aventura ou a profundidade de algum momento. 
Amar, sempre significará deixar de olhar, pensar ou agir em benefício próprio a ponto que o outro seja um mero detalhe nos resquícios dos nossos pensamentos e ações. 
O amor é imensurável, e se por ele não formos invadidos, qualquer parte ficará doente,suspensa e morna.
Há quem diga que mata por amor, certamente é qualquer confusão emocional, menos o amor, uma vez que ele se IMPORTA,zela,volta seus olhos atentos e cuidadosos,como Deus que nos guarda e livra de todos os males,como uma mãe que se doa e até morre por nós, se preciso for, como o próprio Cristo.
Importar-se é ouvir,dar colo,exortar,acreditar,é deixar o egoísmo massacrado exercitando o altruísmo. 
Como somos seres em evolução, amar também é um verbo que precisa ser aprendido diariamente. 
Temos em nós um lado obscuro que necessita não ser alimentado, contudo, equilibrado,a fim de reconhecermos a necessidade de amar.
Não sejam nossos lábios prontos a falar de amor se não o sentimos, vivenciamos por causa das nódoas tristes em nossa alma.
Seja nossa vida receptora e doadora de amor.
Não venha dizer que ama o Universo, a Deus,a alguém, se a hipocrisia impera, se o importar-se nos detalhes inexistir.
Esse tipo de amor não é reconhecido por mim.
Ser sincero , é o caminho para a reflexão sobre si e nossa bagagem.
Assim sendo,abriremos as portas para a ação, o verbo,o amor!
Do que adianta dizer que ama se não tem uma atitude de ajuda na hora da dificuldade alheia?
Do que adianta dizer que ama se não ouvimos um coração aflito?
Do que adianta dizer que está junto quando se omite?
Isso não é IMPORTAR-SE!
IMPORTAR-SE, é acolher,sofrer junto,deixar a lágrima verter seja de alegria,cumplicidade ou mesmo tristeza.
Importar-se é ABRIGAR o que de melhor temos e lutar contra as nuvens cinzas que encobrem o sol de nascer!
Muito teremos ainda para aprender a exercitar este elemento primordial sem falsidade e de forma esporádica.
O amor não é um meteoro.
O amor é ALICERCE onde quer que esteja,atemporal, vasto e leal para conosco e em todas as esferas.
Enquanto não aprendermos o significado da palavra IMPORTAR, não poderemos dizer que o amor transpira em nós. 
Há muito o que fazer nessa imensidão dos nossos confusos sentimentos,sempre buscando o real sentido de viver!

Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais reservados.
Imagem:Internet 

domingo, 21 de maio de 2017

Exposição By Patrícia Pinna





Quase sempre há confusão
No terreno dúbio da exposição
Sem saber como a explicação dar
E, num instante de aridez, surtar

Poderia ser como a uma virgem
Na entrega ao seu amado
Há tanto tempo aguardado
Numa exaustiva e ansiosa viagem

Poderia ser cristalina como a uma nascente
Inocente vertente de várias águas
Onde a luz prevalecesse sem mágoas
Coabitando o amor sem tristes pausas

Intimista, parto sem dificuldade
Proteção da felicidade, sua cria
Enaltecendo sua amabilidade
Razão da sua existência nada fria!

Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais reservados
Imagens: Internet.


segunda-feira, 1 de maio de 2017

Estações By Patrícia Pinna




A poesia tem o aroma da manhã de Outono
Vestes diversas para cada ocasião!


O Inverno tem o mistério escondido pelos deuses
Nas luas repletas de neblina! 


 As cores conversam por horas sem repousar
Numa extraordinária sintonia de Primavera!


O Sol deixa embriagado o mar, na temperatura
Efervescente do Verão, onde a liberdade impera!


Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais reservados
Imagens: Internet.



sexta-feira, 14 de abril de 2017

O Sagrado By Patrícia Pinna



O Sagrado tem uma paisagem de serenidade
Eterna cumplicidade, a atmosfera  intimista
A possuir com perfeição leito meu, abrigo
Da morada mais fértil do meu ventre 

Não tem lua determinante, sol flamejante
Oásis delirante
Nem rima rica, pobre ou a ausência delas
O Sagrado tem a leveza da folha soprada ao vento
Perto ou longe
Manso ou firme
Intenso ou fraco

Presente necessário ao sobrevivente
Inteiramente na caldeira de ais
Que tem a chance do arrependimento
Prosseguindo em suas cavernas imortais

Bálsamo aliviador na ferida mais profunda
Atentos ouvidos ao clamor sincero
Lança, com certeza, todo Seu amor
De alimento, serve-nos a Sua graça!

Autoria: Patrícia Pinna
Direitos reservados a autora.
Imagens: Internet.



sábado, 11 de março de 2017

Mergulho By Patrícia Pinna



Contemplara a lua mais cheia 
Do que os seios de uma grávida
Na bênção da divindade prateada
Ouvira seu som com o fervor de uma donzela

Deitara seus olhos negros mistério profundo
E, bem a fundo, sua imaginação criara a festa
Complemento de emoções intrínsecas, pulsantes
Surgira como a um servo protetor e acasalador
Das mais doces e emblemáticas histórias de amor

Embalsamara seus devaneios, jogara fora os receios
Quisera jamais acordar e vivenciar outra realidade
Uma vez que, sua força poderia ser pequena demais
Temera isso acontecer, jogara seu corpo nos lírios
Confundira sua pele alva com a das flores

Pedira socorro com toda devoção
Pedira paz com toda intensidade
Pedira amor com toda lealdade
E, a paixão, como elo de um cordão
Pedira luz, jejuara, orara, desejara
Que o encanto intacto e reluzente não esmorecesse.

Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet.




domingo, 19 de fevereiro de 2017

O Nascimento da Estrofe By Patrícia Pinna



Uma estrofe quer NASCER 
Versos por prazer da felicidade
Na contramão dessa apatia
Nada existe que pulse, pulse, pulse
Nem o luar, as muitas estrelas que nada dizem
Intocadas, permanecem no firmamento, ao relento

As células querem dividir-se em surto de loucura
Uma alegria INFLAMADA
Com a passagem dos pássaros na CLARIDADE
A efemeridade não permite que assim seja
E, o "amém", sufoca nos anseios de vida

Bálsamo inexistente, um olhar pardo
Desses que lançamos em dia nublado
Numa inércia que os céus veem e lamentam
Na rouquidão expressiva da voz

Nem os seres angelicais emanaram a presença interior
Decodificadores em sutis momentos de entusiasmo da alma
Vivenciara o último suspiro
Vestindo-se de pranto destruidor
Regado com o inverso do nascimento, grade
Assim, abriu os olhos sem vontade!


Autoria: Patrícia Pinna (Todos os direitos autorais reservados)
Imagens: Internet.





sábado, 28 de janeiro de 2017

Vultos By Patrícia Pinna



Muito é devaneio, pouco é receio, imensidão de descrédito
Nessa parda vida de humanidade esquecida de laços
Passos largos, pressa da vida, faz-se dia, faz-se noite
Os céus não são os mesmos, as estrelas quase não iluminam
O mais infeliz dos réus esperando sua sentença

Tenta crer na bondade, mas  que nada, veste-se profana
Rasgando a sua esperança, deixando-a em retalhos
Sem agulhas  e linhas para coser esse bem-querer
E, arredia, caminha para esmorecer no sinistro abismo

São olhos, ouvidos, bocas, pés e mãos inertes
Não veem o outro, não escutam
Não vão ao seu encontro
Não  tocam
Oferenda que não possui serventia
Tudo fica frio!

Parece que houve um descarte, uma rejeição
Vultos frequentes numa solidão
Onde nada passou de uma aparição
Não tem mais onde sustentar-se
Ficaram as lembranças!
Oh, fragilidade do ser!

Autoria: Patrícia Pinna(todos os direitos autorais reservados)
Imagens: Internet