REDESCOBRIDORES DA ALMA!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Um Caminho de Abandono By Patricia Pinna


 

Ela fora abandonada por sua imaginação
No meio do caminho insólito, perdição
Num breu de ausentes penetrantes versos
Regressos para uma folha vazia
Onde outrora, a caneta percorria
Com saudosa profusão  e maestria


Nem a beleza da Natureza, sua riqueza
Tampouco a mazela do mundo, sua tristeza
Serviram de refinado banquete
Para a inspiração efervescente


Não havendo qualquer tipo de  comoção
Ela entrou em temido estado de hibernação
Estágio agregador da solidão
Sem voz, sem verbo e canção.





Autoria:Patricia Pinna
Direitos autorais reservador por Lei
Imagem: Internet



domingo, 25 de junho de 2023

Prece By Patrícia Pinna





Colocou-se de joelhos, pegou o seu terço

E orou por seu filho com fervor silencioso

Reproduziu preces num Outono

Revivendo vinte e seis tempos idos


O ventre bendito trouxe brilho

Um louvor etéreo entoou

O EU SOU sorriu em ver

Como o ser vestindo luz

Entrou em estado de cruz

Onde sinônimo fez-se fé.


Autoria: Patrícia Pinna

Todos os direitos autorais reservados por lei

Imagens: Internet.



Agradeço o carinho de todos.

Tenham uma excelente semana de paz.







domingo, 11 de dezembro de 2022

Prisão By Patrícia Pinna



Quisera ser liberta pela indelével ternura do amor

Das suas grades, seus muros e altas janelas

Portas de ferro enferrujadas pela ação do tempo

Escuridão venenosa   por chumbo



E, no vento das possibilidades, imaginara um reluzir

Nos seus olhos aprisionados por exílio de desventura 

Jogara as suas pernas em movimentos primitivos interrompendo

O silêncio das falas loucas, bem poucas, doridas


Quisera ser liberta da inanição das palavras

Estar no palácio lúcido da poesia e seus jardins

Ter na pele o corte dos espinhos da imperatriz

Jejuar em seu castelo contrições arraigadas

Experimentar  a luz da aurora e o canto do mar

Não pudera, apenas quisera...



Autoria: Patrícia Pinna

Todos os direitos reservados por Lei

Imagens: Internet.


 


quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Nossos By Patrícia Pinna

 

 

Os meus, os  seus e os nossos, foram fazer morada

Na casa de flores, vastos jardins e frutos do Pai

Um cobertor estendido de algodão

Onde não tem o inevitável tropeçar do caminhar

 

A quimera adorna o que dentro há

Sentindo o remanso  da voz

Pétalas brancas regadas pela chuva fina teimando em cair

Um solo escorregadio e um tanto vazio

 

A conjugação do verbo ter

Repousará na via infinda do amor

Por onde o teu corpo passar

Onde existirá nascimento e aprendizado

Uma luz cravejada de saudade

Desta pertença um dia se encontrar. 


Autoria: Patrícia Pinna

Todos os direitos reservados e protegidos por Lei

Imagens: Internet.

 


A todos os meus amados que se foram.

Um dia estaremos todos juntos.

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Somente de SI By Patrícia Pinna





 Ante a visão de um quadro frágil 

De pintura desbotada

Pega-se uma nova moldura e um pincel

Colorindo formas inusitadas


A gota vem de si, um sentir absoluto

Um sopro, uma respiração

Uma emoção divina

Sintonia quase simbiótica

Mas vem parindo a dor

Da transformação equilibrada


E a pintura surgindo vai

Virando vida a ser descoberta

O engatinhar e seu futuro andar

Sem a pressa insana da ansiedade 

Ferindo em sangue e cicatrizes.


Autoria

Patrícia Pinna

Todos os direitos autorais reservados por LEI.


 

sábado, 9 de outubro de 2021

Arredores By Patrícia Pinna



Há uma tristeza nos arredores dos Céus onde vagam as estrelas

Luas ofuscadas envoltas num fino véu

Sem o poder de abrilhantar as horas tão repetitivas

Uma Primavera às avessas


As dores são pedras sem forma

Com a aspereza manifestando fraquezas

Um desespero de labirinto gigantesco

A se avolumar na primeira hora


Há um olhar tão a esmo dando dó

Um descaminho de décadas e incertos dias

Sem nada compreender tal destino e seu porquê

Querendo vivenciar o amor escondido 

O que jamais chegara e tampouco provara


Quiçá venha um vendaval interior

Varrendo os infortúnios de uma alma

Solitária sem querer ser 

Grande fardo covarde de carregar.


Autoria: Patrícia Pinna

(Todos os direitos autorais reservados por Lei).

Imagem: Internet




quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Retrato de Uma Mulher By Patrícia Pinna

 


Emoldurado seus cabelos de fios finos negros

Sob as águas das suas levezas e tempestades profundas

Emerge com sorriso benevolente e sente ser abençoada

Mulher de fala suave, olhos amendoados e cristais na boca


Vive o romantismo em abraço infinito

 Iluminado pela beleza da paisagem bucólica

 Entre flores matinais e aromas sem igual

Uma leve poesia de cores claras aponta o sinal


Mulher-criança

Criança-mulher

Constrói sonhos

Sonha criando


Ama na entrega pura das sementes a florescer

Esperando o tempo de nascer o seu fruto 

Saciando a fome de um ninho que lhe seja acolhedor



Autoria: Patrícia Pinna

Direitos autorais reservados protegidos por Lei

Imagens: Internet



Poema criado em homenage  a  amiga e poeta, Nanda Olliveh.

domingo, 12 de setembro de 2021

Céu By Patrícia Pinna



Haverá um Céu florido de sorrisos

Muitas almas encontrando a paz

Olhos de vida fitando as alegrias insondáveis

De um  plano superior tão simples, estelar e lunar


As canções levantando os pés dos caídos,  doentes

Dos crédulos, daqueles que vertem suas muitas águas

Um regozijo do Espírito vindo em comunhão

Unindo as mãos  em oração reconciliatória


Onde o clamor dos miseráveis, torturadores de si mesmos

Na agonia mais feroz dos algozes, das cobranças e da solidão 

Será ouvido,  sem questionar  o enredo

Da sua condição  humana de medo.

Esse é o Céu, Lá e aqui, dentro de si.


Autoria: Patrícia Pinna

Todos os direitos autorais reservados e protegidos por Lei

Imagens: Internet.



quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Dons By Parícia Pinna

  

Quisera ter o dom da cura

Curar o mundo dos seus ódios, das suas doenças

Dos sangramentos espalhados em várias línguas

Quisera eu  me curar de quem sou

E transpor os muros da minha paralisia


Ensaiar a felicidade da vida, cada cena, um sorriso farto

Ondas de energia em alta, marés entrelaçadas

Na colorimetria e sintonia

Quisera ter o dom da visão

Expandir o terceiro olho, abrindo o chacra do coração

Ouvir os sussurros  vindo de cortinas gregas e o crepitar do fogo 


Tatear travessamente as teias transeuntes tácitas

Beber do líquido da taça dos mistérios do paladar

E não identificar o sabor do gole

Cheirar a erva na relva, suavizar os poros, inspirar

Ressignificar  a beleza da funcionalidade dos pulmões


Autoria: Patrícia Pinna

Todos os direitos autorais protegidos por Lei.

Imagem: Internet
 




sábado, 28 de agosto de 2021

Chegara o Entardecer By Patrícia Pinna


Chegara o entardecer sem a pressa dos mortais

Chegara de muito longe, uma viagem de nobreza

Pobreza, ora pai, ora irmão, inflando os seus portais

Das raras essências que compõem  o vaso da infusão

O sopro da vida em leveza, grata ventura colorida

  

Chegara como amante, contemplativo, fruto maduro

De um plantio esperançoso num olhar de prece

Tece agora as formas mais puras do deslumbramento

Desfazendo o  quebranto, um chão, uma razão

Construindo a emoção já não fria, sorria


Levantara com pés dançantes e flutuantes

Leveza do  presente envolvente em poesia

Cada gota de sangue corrente na veia 

Vivificando a origem da vida em toques iniciantes


Continue em passos lentos, plenitude etérea

Até onde as repetições envolvem beleza séria

Aquela onde voa nas plumagens cintilantes

Em seu compasso crescente da brisa nua. 


Autoria: Patrícia Pinna

Todos os direitos autorais protegidos  por Lei

Vídeo: You Tube  

Imagem: Internet