REDESCOBRIDORES DA ALMA!

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Gesso By Patrícia Pinna

No lugar  da pena tem um concreto

Nas mãos, um gesso, uma atrofia, uma dor

Quintal sem aroma de poesia, a mesmice do certo

Os cacos vestidos de cinza  traduzem solidão

Vasta corrente de frio e inquietação


São ciclos visíveis e reais do outro lado, repetição

Ousar sorrir não é a solução no sombrio tempo de exclusão

Sabes bem que a rima pobre vive em corrosão

Em ais de desilusão e insatisfação, e  então?


Seja pagão ou cristão, sempre será o mesmo critério

Enquanto a absolvição não permitir repousar

A nulidade será o canto morto e mais sério

Falta de vida será o convite  bem-vindo e estéril.



Autoria: Patrícia Pinna

Imagens: Internet

Direitos autorais reservados por Lei

14 comentários:

  1. Caro amiga blogueira,
    sigo você faz muito tempo e estou convidando para que no meu blog HUMOR EM TEXTO, diga com toda a franqueza se você está ou não está também!!!
    Sua opinião é imprescindível.
    Um abração carioca.

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  2. Apareceu a Margarida florida para clarear e florir o fim de semana.
    Que bom lhe ver Patrícia com sua poesia de alma e forte.
    Pessoas engessadas é o que temos amiga. Perfeita sua construção deste pensamento tão comum em tempo de renovação e reflexão do eu inserido no mundo na sociedade.
    Seja bem vinda amiga a blogosfera agradece.
    Beijo de paz no coração.
    Um feliz fim de semana.

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  3. Que bom ter voltado, minha Amiga Patrícia. "Nas mãos, um gesso, uma atrofia, uma dor" é o que todos parecemos ter agora que os nossos gestos não se podem dar aos outros.
    Que esteja bem e continue a cuidar-se.
    Um bom fim de semana.
    Um beijo.

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  4. Bom dia de serenidade, querida amiga Patrícia!
    Que alegria ao vê-la por aqui de novo!

    "Ousar sorrir não é a solução no sombrio tempo de exclusão."

    Estamos engessados de fato, querida.
    Numa situação disforme, com carência do básico de sobrevivência emocional.
    Poucos os que aprenderam a ter paciência calma, empatia com a dor alheia. Continuam na correria enfadonha da loucura humana que não saboreia os pequenos grandes momentos de felicidade.
    O gesso congelou, petrificou o set humano de tal maneira que deixamos perecer pelo não afeto doado.
    Seu poema é a expressão do que se passa em nós, amiga.eParabéns!
    Seja bem-vinda!
    Que você tenha um final de semana abençoado!
    Beijinhos carinhosos e fraternos de paz e bem

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  5. Que bom que está de volta, Patrícia, trazendo versos tão belos, intensos, profundos, sua marca registrada.
    Bom sábado, querida, beijinhos
    Valéria

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  6. Oi,Patricia! Que linda inspiração em poesia! Que bom te ver voltando e desejo que possamos sempre nos encontrar! Adorei a frase ! beijos, lindo domingo! chica

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  7. Oi Patricia!
    Vi o pessoal te parabenizando pela volta ao blog, também estou afastada, não que tenha parado de escrever, não sei teus motivos, o meu foi apenas estafa, vontade de parar um tempo. Logo mais voltarei tmbm.
    Bjs e fica com Deus.

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  8. Boa noite, senti um certo uma certa angústia. Frieza não, porque o gesso é diferente do mármore. Menos frio e mais maleável. Não existe 'falta de vida', acredito que às vezes nos fechamos as cortinas das janelas em busca de proteção. Mas os cacos se colam e a vida continua. É preciso sorrir, mesmo que o cenário exterior não permita, para que os músculos da face recobrem as memórias da felicidade... Patrícia, tenho blogado pouco. Mas o blog está lá. Ontem a Syssim Mascarenhas leu um poema da nossa plataforma e ela vai estar com a gente. Estamos ativos no grupo dos escritores da APESUL que presido e temos participado, eu e a Malu. Passa lá: todo sábado temos um encontro às 17 h para postar um poema sobre um tema que é decidido na seman. O tema deve sair hoje. E postamos em duas plataformas: no zap do grupo e no grupo do face: https://www.facebook.com/groups/1783701398537900 já vou fazer o convite lá. E do zap, entre no meu e te mando o link (35 988471040). Boralá? Estamos próximos da nossa Feira Literária daqui. Abraços!

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  9. Querida amiga, lê seus poemas é caminhar ao profundo da sua alma. Que coisa linda e maravilhosa. Apego-me principalmente a última estrofe, eis que sem a absolvição não a vida, não há riso, não há nada. Só caos e vazio. Belíssima reflexão. Creio que nos tempos de hoje, estejamos todos reduzidos a gesso. Cada um menos sensível que o outro. Cada um vivendo seus demônios sem conforto. O caso... Ei-lo.

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  10. Colocou uma dualidade entre o concreto e o abstrato, o útil e o desnecessáriol, incrível. Claro, chamando a atenção para a necessidade de se valorizar o espiritual. Muitas vezes a vida está no abstrato, diria, quase sempre, ou sempre. bjs na alma.

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  11. Dignissíma Patrícia, que saudades eu sinto de você. Sabe aquele frase: "nunca e vi, mas sempre te amei"? Se aplica aqui. Espero que esteja bem, com saúde, porque linda eu sei que é, e está.

    Amiga, suas poesias sempre traduzem um pouco de cada um de nós. Creio que o ser humano está se engessando, e uma dessas causas, é o uso desenfreado da tecnologia, e da própria falta de tato, da empatia. Acho que cabe a nós poetas, jornalistas da alma humana, deixar a vida mais carne e osso.

    Deixo aqui o meu abraço, e dias de grande prosperidade !
    Abração,
    Dan
    https://gagopoetico.blogspot.com/2021/07/cardapio.html

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  12. Esse gesso retrata a sensação do agora, como se a vida estivesse em suspenso. Eu mesma me perdi da inspiração, seja na escrita, no desenho ou na pintura. Tudo parado. Descreveu com maestria

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  13. Testando. Amo os comentários de vcs. Saudades de todos os amigos. Beijos na alma.

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A verdade está em mim, sou amante dela com todo o fervor, e desse modo peço que todos que aqui passarem, comentem com a alma, com paixão e verdade, deixando a sua opinião particular e individual, afinal, somos seres únicos com visões diferentes!
Que a alma de cada um de vocês transborde nesse espaço tão meu, tão nosso!
Obrigada e beijos na alma!!!!!!!!!!

Patrícia Pinna.