REDESCOBRIDORES DA ALMA!

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Monossilábico By Patrícia Pinna





Monossilábico és, poucas palavras
Um grão entre tantos outros
Formando formas formosas
Na pesada areia, contudo seus verbetes
Pronunciam intensidade, felicidade e poesia

Falas profundas sequer numa completa frase

Ansiada por quem é voraz pelos vocábulos
E os diálogos freneticamente misteriosos
Segredam  veladas descobertas atemporais

Envolve nos tempos verbais

Adormece os substantivos
Tendo como leito os adjetivos!


Autoria: Patrícia Pinna
Imagem: Internet



segunda-feira, 20 de julho de 2015

Sentido Inicial By Patrícia Pinna




O amor subjugado à razão ou a razão subjugada ao amor?
Entre nuances feito partículas de dúvidas
Envolvendo o ser desprovido de sossego
Retardando a felicidade nessa noite retratada
De agonia e dissolução

Os braços não acolhem,encolhem em sua pequenez insólita
Com seus ruídos necessitando de óleo
Para desenferrujar suas articulações

A lua desapareceu,breu ficou do lado de cá
E do teu lado,o que será?
Uma estrela a contemplar teu olhar tristonho e sonhador
Ou uma chuva torrencial desaguando por seus olhos?

E na dança aérea do pensamento por um momento encontra o par
E tal qual a profundidade do mar mergulha no encontro do amor
Onde a razão e a emoção parecem acertar o passo
Nesse bailado difícil de coreografias complexas

E os questionamentos perdem seu sentido inicial
Valorizando o sentir especial
Teu,meu,nosso
Transparente transição transformada de intensa confusão
Para uma doce mansidão,veracidade da iluminada emoção!


Autoria:Patrícia Pinna
Imagem:Internet
Vídeo:Youtube



sábado, 11 de julho de 2015

Sem Saber Nadar! By Patrícia Pinna






Acordara do pesadelo real, ancestral que a perseguira
Por todo esse tempo de inconsciente poder implodindo
Em sua morada sombria e fria
E cria ser um sobressalto sem ar, passageiro, enganara-se

Ouvira a sinfonia da agonia ensurdecer sua audição frágil
Em cada lua desenhada no céu como se fora um réu
Agonizara, chorara, e sonhara despertar da falta de respiração
Percebera inutilmente a inexistente atenção dominante
Palco de cenas demasiadamente torturantes

Não sabia nadar e foi em segundos afogando-se
No infinito do seu olhar degenerador, engolidor
Com a mais profícua fome de iludir, enganar
Tais segundos foram cobertos de uma eternidade triste
Mas quase sem  o sopro de vida, com a voz rouca
Teve tempo de dizer, que não conseguira também!


Autoria: Patrícia Pinna
Imagem: Internet
Vídeo: Youtube




sexta-feira, 3 de julho de 2015

Vento Solitário By Patrícia Pinna



O vento frio congela seu sentimento
Paralisa suas pernas, não esboça sorriso
Pele gelada e dorida
Músculo que devagar vai anunciando
Suas batidas quase finais

Cabelos feito flocos de neve
Breve sensação de penumbra e um pavor
Torpor e lágrimas secas
Aninhadas no seu habitat tão conhecido pela solidão

Balbucios imperiosos de queixumes
E no cume da montanha coberta de algodão
Relembra sua aflição

Teimosa, espera, anseia que o amor venha salvar-lhe
Mas este é o seu algoz, o seu encurralado labirinto
Inexistindo a doação, deleita-se no sombrio vão da rejeição
E, sozinha, perde-se no caminho sem colo, sem alento, sem unguento

Quando um tímido passo seus pés conseguem dar
Prostram saudades das agudas
Feito agulha fina a penetrar-lhe a carne
E a alma acabara de gritar por socorro

O surdo vagueando pelas tempestades, não ouvira
E a deixara por lá, sozinha, a mercê de sua tristeza confinada
Sem a preciosa luz, seu alimento
A fonte alimentadora colorida em suas veias
E, num breu, seguem suas horas inexatas
Pelo ponteiro da Natureza
Onde sentira ser presa de si mesma


Autoria: Patrícia Pinna
Imagem Internet
Vídeo: Youtube