Certa noite as minhas mãos
Deslizaram para escrever-te
Fiquei a imaginar
A cor dos teus olhos
A cor dos teus cabelos
Inútil é especular
Quero muito é priorizar
A essência humana em ti
Percebo no céu estrelas
Em festa a bailar
Brindando aos Astros
Por unirem-nos em amizade
Entrelaçando devagar os nossos caminhos
Descortinando a almejada felicidade
Já existente na nossa
Diferente realidade
Amigo de palavras aquecidas
De emoções febris divididas
Em talentosos quatorze versos
Multiplicando a importância
Do sentimento real
Ao contato puramente virtual
MAIO é um mês singular
Nele abrimos os nossos olhos
No outono de descobertas
Vendo as iniciais possibilidades
De um novo e diversificado ciclo
Onde as surpresas seriam constantes
Submergidas no extenso mar
Da nossa pulsante existência
Aguardando o tempo exato de emergir.
AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
Amado, seus olhos são o portal
Para a minha felicidade
O encontro para a minha quietude
A cor que alegra a minha vida
A intensidade que envolve a minha alma
Vejo uma brilhante luz
Que aquece o meu corpo
Num mergulho profundo
Em um lugar onde
Somente nós habitamos
E amamos com toda a delicadeza
Amamos com toda a emoção
Transformada em rios claros de poesias
Dessas que se leem
Que se ouvem com o coração
De dentro para fora
Em harmonia improvisada
Sem preocupações métricas
Liberta e impetuosa
Essencial e verdadeira
Como o amor que existe em nós!
AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
Quanta frieza nas palavras
Que para trás ficaram
Quanto amargor no coração
Destinos uma vez selados pelo amor
Confundem-se desapropriando
O sentimento harmônico
Não faças de mim
O teu esconderijo intocável
Pois a ti mesmo trais
Eu vejo ao longe
O homem cordato
Com expressão de menino
Das palavras amenas
Ir embora lentamente
Por que fostes assim de mim?
A quem queres ludibriar
Com estes olhos ávidos
E esta voz cortante?
A corda está desmembrando-se
Em fios intermináveis
Para a dor ser mais intensa
E a emoção no louco afã
De não querer enxergar o fim
Encontrar uma solução racional
Para impedir a queda dos fios
Que hoje, está latente na alma.
AUTORIA:Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
Cobrou sem ter dinheiro
Fez ele uma grande besteira
Apressou-se a canalizar a sua ira
Magoando a quem dizia amar
Muito conveniente e fácil é o falar
Palavras saem doces e sonoras
Até que seja contrariado no fim das horas
Que amor é esse que proclama aos ventos?
Não pode entender os momentos
A compreensão deixou de existir
Quando os seus instintos
Não foram satisfeitos
O egoísmo menino
Ofuscou toda a beleza
Que poderia ter-se realizado
Sem acusações e achismos
Preferiu os espinhos da rosa
Cravando sua carne
Do que suas pétalas
Macias e formosas
Ainda que longe da sua pele
Que tolice, menino
Distorce a verdade
Transfere o seu erro
Talvez pelo silêncio e indiferença
Pense em redimir-se
Porém, não está convencido
Muito tens a aprender, menino!
AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
Vermelho é a cor da paixão
Que inebria o crédulo coração
Vermelho é a cor do sangue
Corrente nas veias de todos
Os povos, raças e credos
Vermelho é a cor da rosa
Tão linda, ainda em botão
Vermelho é a cor dos amantes
Que vagam nas ruas
Cantando canções românticas
Dançando a dança mais sexy
À luz do luar
Vermelho é a cor do tango
Dos lábios carnudos
Da dama morena
Passeando livremente pela noite
Com o seu vestido rendado
Todo ele vermelho
De fendas sensuais esvoaçantes
Pelo ousado vento quente
E a sua boca carmesim
Toda provocante
Vermelho é a cor da natureza feminina
Povoada de mistérios , prazeres
E infinita sensualidade
Vermelho é a cor da fruta
Coadjuvante de um cenário de amor
Recheado de belos e apetitosos morangos
AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
A impunidade tem cheiro de enxofre
Que corrompe as narinas da Sociedade
Há muito que lutamos pelo bem maior
Por valores éticos, morais e por honestidade
Mas a desigualdade social
Cala a nossa árdua batalha
Não conseguimos transpor
Os portões de aço da ignorância
Nossas vozes soam fracas
Ofuscadas pelos clamores dos corruptos
Um país rico e pobre
Mas não só o nosso, cheio de contradições
Tão lindo e usurpado
Quantas crianças pedintes
Sem ter o que comer
Locais onde o saber não alcança
E não ganha o seu precioso espaço
Os professores são exemplos
Da discrepância igualitária
Anjos que são decaídos
Tem brilho, valor e maestria
Porém são marginalizados
Por um sistema que acredita
Que o saber é uma arma letal
Nas mãos da boa Sociedade!
AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
A minha alma só quer
O aconchego da sinceridade
O sentir acolhedor de um abraço amigo
Um afagar de cabelos suavemente
A vontade de ser amada genuinamente
Solidão, quero-a longe dos meus passos
Sintonia harmônica e calorosa
Quero fazer com a felicidade
A me envolver, proteger
Contra as dores do mundo
Que por ora podem afligir
O meu intenso e sensível coração
Será que a minha procura
Que o meu desejo é em vão?
Será que exijo muito do meu próximo?
A canção de amor toca emanando poder
Clareando ainda mais a minha escolha
Escolhi amar com entrega, sem véus
Amar com prazer e vida, sobretudo
Não sei deixar o véu encobrir o meu rosto
Porém, se acaso eles teimarem
Em sombrear a minha face um pouco carente
Quero que eles caiam naturalmente
Quero que o brilho do Sol
A amabilidade da Lua
E a transparência do Mar
Unam-se com uma força tamanha
Capaz de agregar mundos distintos
Traduzindo-se em simplicidade e encantamento
Para a minha existência inacabada
Que diariamente anseia em aprender
Com a aurora delicada
Com o perfume das belas flores
Com o cheiro da terra molhada
Com a diversidade do pensar
Com a impaciência, má conselheira
Com as minhas e as diferenças do meu próximo
Com o seu devotado e sincero amor
Que tanto reclamo com convicção
De que a melhor forma de amar
É desnudando-se sem aflição
Abrace-me, beije-me e aqueça-me
Eu preciso do mais nobre sentimento
Que alimenta o meu espírito
Acariciando-me plenamente
Direcionando o meu rumo incerto
Com a sua incandescente luz!
AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet e acervo pessoal.
Desejos sufocados num corpo impaciente
Irritabilidade puramente hormonal, cio
Pressa exacerbada, tola
Que impede o amor acontecer
Jovens anseios, claro afã
Poderia a volúpia ser acalmada
Assim sorrir, verbalizando o encantamento
Expressar-se sem escravizar o corpo
Sem aborrecer o semblante
Extasiante é a união a dois
Compreensiva e doadora
A alma, o corpo e o espírito
Misturam-se, tornando-se um elemento só
Plena felicidade primaveril
Cumplicidade de sentimentos
Gozo uníssono
Um tempo favorável a beleza do amor
Relaxamento romântico
Onde os seus olhos
Encontram os meus
Diminuindo a pressão arterial
Desacelerando os batimentos cardíacos
E deixando o vento serenizar
A mente, o corpo quente
Os urgentes impulsos
Que não consegues dominar
Pela insanidade temporária das tuas vontades.
AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.