A inspiração não necessita
Ser em verso, alegre num todo
A alma revela o que é profundo
Beleza existe em lágrimas e sorrisos
Despedidas e voltas
É humano o jorrar de uma lágrima
De um amor que findou
Sorrisos da entrega
De amantes apaixonados
A partida para novos horizontes
Para o flutuar na leveza de descobertas
Regresso após várias luas
Numa manhã de sol
Nuances de uma vida cadenciada
Fragmentos intensos
De sensações plurais
Em tudo há encanto
Triste ou feliz eu canto
A diversidade dos sentimentos
A que somos reféns
Inspiração é a metade
Negra e branca
Pobre e rica
Rev0lta e serena
Tudo o que apraz-me
Sem rótulos de tristeza ou felicidade
As duas faces
De um momento poético
Que sorvemos
Verso ou reverso
Amorosamente
Beleza, é o encontro conosco
Na vibração a que estamos predispostos.
AUTORIA:Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
Transporta-me indiferente aos dias belos
Querendo os teus olhos ver sorrir novamente
Tentar compreender o que acabou com os elos
Se fomos nós, ou a ação do tempo maldosamente
Somos duas pessoas tão diferentes
De quando entrelaçamo-nos anteriormente
Culpando um ao outro desordenadamente
Ciclicamente viciosas e prepotentes
Inexiste agora, a compassada melodia
Transformou-se em ruídos de dor
Um amor cintilante certo dia
No entanto, sufocou-se demais e morreu
Enquanto vivo porém, pouco sofreu
Encontrava sempre ar puro no seu apogeu.
AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
As músicas trazem recordações vivas
Daquelas que amortecem a alma insípida
Soam como uma clássica melancolia
Outrora, era motivo de felicidade
Hoje, conscientemente entristecem
O sentimento relembrado
O que julgamos ser eterno
Nem sempre criam raízes
Com o passar das muitas horas
Viram cinzas espalhadas
Em cada recanto que foi sagrado
Em cada recanto que foi profano
E as juras de amor tornam-se vazias
Voltam para o abismo crucial
A chuva cai transbordando o rio
Levando tudo com a sua força
Fico a olhar o que não atinge-me
Pois não estou na mesma direção
Estou no alto e protegida
Vendo a demolição profusa
O vento forte arrastando pessoas
Derrubando árvores antigas
Mas eu agora estou livre
Ainda assim minhas lágrimas
Molham os meus lábios
Que não se contêm
Com a determinação voraz do fim, e gritam!
Tamanha dor senti como espectadora
Como narradora personagem
Da minha própria história
Que pensava infinda!
Autoria:Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
Ela sorria ao beijar o seu amado
Um sorriso de puro contentamento
A árvore frondosa era o cenário
Daquele beijo
Numa tarde apaixonada
Onde as palavras
Atreviam-se a calar
Por um imenso período
Pois não havia a necessidade delas
Em tal situação radiante
A alma cantava em ritmo suave
Contagiando a Natureza
Que mais bela ficava
Interagindo com a magia do momento
O sol daquele dia
Era o calor que emanava
Do nosso corpo
Pois o céu era prata
Sem cor festiva
O que coloria o céu
Eram os arrepios
Que a nossa pele sentia
A cada toque sereno
Delicadeza estampada
Nas formas das nuvens
Luz viajante
De um amor puro
Que aplaudia de pé
A união livre
Com sentimentos coesos
Sorvendo o néctar do amor
Que somente é permitido receber
Aos que despem-se do egoísmo
Coabitando em tolerância.
AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.