Sempre há dentro de todo ser humano, a ansiedade e a necessidade de redescobrir-se! Não existe um momento específico para tal fato se dar, porém, faz-se urgente e saudável que isso certa hora aconteça. É preciso que não venhamos tolir-nos, impedindo que esse processo tão bonito ocorra! Ele pode trazer-nos gratas surpresas ou não, porém, o interessante é saber como vamos lidar com as nossas emoções redescobertas. Bem-vindos! Vamos redescobrir juntos, cada qual com a sua imensa alma!!!!!!!!!!!!
Ao som do único bolero, sente que não tolera seu silêncio Disfarçado de sensatez tentando acertar o passo, a cadência Flutuar em sonhos distantes escondendo as emoções Em vibrações tão únicas, proteção velada Aconchega a amada em seus braços,devaneia,ama Faz do salão o Universo,reluz seu sorriso como a lua cheia Pranteia com o fim da canção, a beija na última nota Abre a porta do coração suavemente e baila em sofreguidão Na escuridão de uma viagem especial,visceral Desliza sua mão nos cabelos adornados De rosas amarelas de sua dama E ela sorri para seu par em seu belo vestido azul feito mar E tão pouco a dizer num festejo singelo do amor Onde o maestro é a singularidade do olhar encantado... Autoria: Patrícia Pinna Vídeo: You Tube Imagem: Internet
Não pouso os meus pés na Terra Tampouco ela comigo fala fazendo mistério Quando mais preciso do seu conselho Sou solta entre as nuvens que despencando Formam formas formidáveis Desenhando uma remota alegria Que com toda primazia primando prioridades Seguram-me em seus fios de algodão Impedindo, velozmente, uma queda fatal E o lúdico alcança o meu olhar poético Como plumas coloridas na passagem dos meus mundos Nos pesos, nas levezas e nas minhas incertezas! Autoria: Patrícia Pinna Vídeo: You Tube Imagem: Internet
Não apetece-me falar da classe dominante Engolindo sem pudor o honesto trabalhador Que em seu labor diário, entre lágrimas e suor Pensa em sua sorte mudar, esperando surgir alguém Com a consciência decente, a fim de governar Sem deixar-se manipular Eu choro, tu choras, ele chora, nós choramos, todos choram Ao ver essa calamidade vergonhosa de trem desgovernado Chamada política sem responsabilidade Onde foi parar a decência, em qual estação refugiou-se O bem comum, em que leito prostrado está a esperança? Imunda escória vomitando falácias, engravidando ingênuos Parindo aberrações! Que sorte é essa da nação inteira Clamando por justiça num labirinto de dor Onde a força parece esvair-se? Renovo como energia e conscientização é do que o povo precisa Para unir-se a lutar como animais ferozes lutam Pela sobrevivência de suas crias Voz sem ação morre sem atingir o objetivo Tornar a Pátria coesa e liberta De seus muitos grilhões! Autoria: Patrícia Pinna Vídeo: You Tube Imagem: Internet
Cansada de caminhar, ver seus pés doridos Seu olhar desiludido das afeições amorosas Imergiu com toda vontade no banho de sais Nas praias mais distantes aliviando seus ais Fez viagem bucólica, clareou seu caminho Abortou a infelicidade Amou a Natureza, engravidou E deu à luz uma menina tranquila, nasceu a paz Despiu-se do manto pesado,remendado E cobriu-se de lírios brancos, luz a irradiar Sussurrou como se falasse segredo a si mesma O mundo não precisava saber dos seus queixumes Ou libertações, renascia! Autoria: Patrícia Pinna Vídeo: You Tube Imagem: Internet
Vicio-me no que é bom, não desgrudo, sugo Minh'alma é toda a poesia dos boleros Quando fecho os meus olhos vendo a dança Sentindo a música chamando-me inebriante Como o aroma das rosas, pétalas sedutoras Na imaginação da mente, crente que diminuto É o calor do corpo, iludiu-se! Ele é um vulcão dos mais potentes, plena erupção Pronto, me perdi, pequei, ou será que me achei Vendo a lua, a tendo como amante, suspirante Apaixonada e apaixonante? Criança solta na beira do mar, descalça, desnuda Menina-mulher atemporal, sem geografia Numa simetria deslumbrante como o vento a rodopiar Embelezar, esvoaçando as madeixas curtas Beijando o suave olhar tateando, decifrando as curvas rubras Macias e carnudas num espetáculo exorbitante Onde não há cena para deixar-se domar Eis o que é avassalador, no entanto não provoca dor Um abraço,um beijo, algo sem denominação, canção Uma quietude nas falas, uma liberdade seja no que for Envolvente, perto, único e distante, iluminado sem tensão! Autoria: Patrícia Pinna Imagem: Internet Vídeo: You Tube
Quando acaba o amor fica a dor De uma frustração, dias de solidão Ausência de doação, da plenitude do olhar Belos sorrisos a iluminar, sol forte Raio alucinando a tez, mar em calmaria Aurora resplandecente no aroma de flores e jardins Coloridos e envaidecidos! Resta o cinza, a presença de um mormaço cortando o céu Sem arco-íris, inefável monotonia, o avesso do que fomos E sonhamos nós um dia, pedras com musgos Não raras de vislumbrar, esbarrar e tropeçar O diálogo não é vívido, lugar comum, ao longe, tão longe... Lembranças em um baú ao canto de uma parede qualquer Resta um móvel, uma poltrona, uma rede Objetos decorativos, sem intenções criativas, imaginativas Sobrou uma cama morta, expressão enfadonha, tristonha E um devaneio vagueia no querer atual Nada é magistral em sua realização Décadas formam um laço, difícil desate Talvez um pouco de tranquilidade alimente os nós Tornando o amor em uma quimera Uma rotina traduzida em respeito, amizade, quiçá,uma saudade! Autoria: Patrícia Pinna Imagem: Internet Vídeo: You Tube
Bela mulher, cadê você? Por onde teus olhos ávidos Neste oceano castanho fazem pouso?Dom de divagar Em que leito entrega seu amor e descansa seu olhar? Perdida, ferida, desmedida sob a intensidade deste vaguear Qual a profundidade dos seus sentimentos explodindo Em cada lágrima corrente suavemente inocente Onde constrói tua casa, por onde pisam seus pés E ama o seu coração? Qual a fase da Lua que andas seguindo? Razão esquecida em sua perdição, ao poucos, bem devagar Sangrando por entre raízes finas, tortas em sua forma Inundando a terra seca,banhando em quase morte Ou quase vida tentando emergir nas flores subindo Em caules finos tateando receosa de envergar Bela mulher, não conseguiu encontrar-se, amar sem dor E deleitar-se em luz? Não conseguiu ser forte? Para ti a fotossíntese é necessária, sua salvação Neste emaranhado de confusão sombria Que encobre seus dias impedindo-lhe de respirar! Autoria: Patrícia Pinna Vídeo: You Tube Imagem: Internet
Questionamentos viajantes na contramão do entendimento
Nessa contramão, muita contradição, inexistindo renascimento
Sem saber que está na mão ou contramão, contra fluxo da vida
Pode até ser...
Quem é este ser que não consegue saber para onde ir?
Viajante do tempo ou um perdido do mesmo?
Quem terá a resposta para tantos questionamentos?
Um ser perdido, apaixonado
Contudo, em seus dias, engaiolado
Nas horas mais confusas de solidão
Consumindo feito fogo tudo o que vivera até aqui
Será que nessa confusão de sentimentos não clama por achar
A direção, um sentido na vida
Que o liberte e o faça mais feliz? Talvez
Como pode alguém viver assim nesta indefinição
Se tem tanto amor para doar?
Liberte-se dessa prisão!!!!!
Apruma o teu ser, sinta a paixão
O amor,a vida e decida o que fazer, arrisque-se!
E arriscar-se implica em romper elos, derreter a chama da vela
Mas é sabido que o amor a tudo dignifica, é libertador, Fênix
Um renascer de olhar reluzente, enlevo de suaves sentimentos
O abraçar feito criança inocente deixando seu ser te pertencer
Para poder compartilhar com o outro o que há de mais profundo
Neste amor para que floresça
Rompe com as as correntes que o amarram
Onde não há mais sentido permanecer
Aproveite esta Primavera onde há renovos
Brote para um novo tempo
E voe, voe longe pairando nas flores
Colore a estação, aromatize o seu ar
Vislumbre uma nova decisão
Flutuando no seio do amor
Assim, o sorriso virá de sua entranha
As respostas para tudo poderás até não ter
Mas será leal ao seu sentimento, sem sofrimento
Sem vestir a couraça da desculpa, da não permissividade
Primar pela prisão ou liberdade fará toda a diferença
Em seu amanhã, um novo amor, uma nova vida
Pode descortinar-se neste porvir
E ouvirás a canção em seus ouvidos
Com notas diferentes, arranjos distintos
Da mesma envolvente melodia
Em prosa ou verso poderá reconstruir
Nova musicalidade aos seus dias
Assim será a tua alma livre e feliz
E não pesará sobre ela qualquer condenação
A liberdade será a única condição para sua realização
Novo ciclo quer por ti ser acaraciado
Com a beleza dessa declarada emoção!
Autoria: Patrícia Pinna/ Zilda Oliveira Imagem: Internet Vídeo: You Tube
Foi um imenso prazer, e uma grande honra, criar este poema com a amiga e poeta, Zilda Oliveira, cujo talento encanta-me a cada dia, além da pessoa maravilhosa que ela é.
Uma parceria entre tantas outras que virão, se Deus quiser.
E, num dia sem querer, sequer imaginar O amor fez-se a morada mais linda do olhar Abençoou a palavra e fez acreditar em sua nascente Reluziu toda a história numa magia florescente No abraço quente viajou inebriada por aroma sem igual E no enleio da canção deixou-se levar com asas de fada E nada poderia mencionar qualquer falha nesse ideal Vivenciando a brisa suave, o encanto do beijo, a face ruborizada Vem da alma esse sentir, junção espiritual,leito de corpos Deslizando como a mão sob o veludo lírico da rosa, fez poesia Exausta, adormeceu,sonhou ausência dos pensamentos mortos E na insensatez do amor sedento, julgamento não caberia Acalmou o coração, enlaçou as mãos fazendo a união Colocou por terra a rejeição, o pranto e a solidão E sem coação, fez-se uma borboleta, livre, leve e solta Esticou o corpo, estalou os ossos sem remorso, voou pronta! Autoria: Patrícia Pinna Imagem: Internet Vídeo: You Tube
Nasceu Setembro em sua grande diversidade Nasceu Setembro em sua forma generosa Surgiu como a luz que ofusca as trevas Como o bálsamo que desliza sobre o corpo Como a sensação de liberdade na nossa retina Setembro,não apenas o mês de uma estação viçosa Revigora quatro meses de calor humano Perdurando nas estações em que não há flores Perpetuando o sentimento de leveza Não faço um poema, não crio mais um tema Pego carona no embalo da estação Carregando comigo toda a sua produção Felicidade, harmonia e vivacidade! Não sou de misturar cores, tampouco amores Mas sinto existir em meu peito, uma cartela de cores Derramada sobre ele com singularidade Pintando o meu falar que esboça palavra feliz Quando encontro no caminho alguém infeliz Setembro tem a magia que destrói toda a nostalgia Seja bem-vindo em você e em mim Recebemos a ti, Setembro leal Como um encanto visceral Em tudo parecendo angelical Nas flores, na graça e nas praças Onde o amor é espalhado, venerado e adorado Como uma canção, que exalta o sagrado! Autoria: Patrícia Pinna Imagem: Internet Vídeo: You Tube
Vira a luz do seu olhar banhar-se em uma sombra triste Sentira que sua voz não procuraria por ela, emudeceria Um lamento de isolamento naquele fatídico instante persiste No mais íntimo da alma sofrida temia pela parceria Adormecera com a canção do Beija-Flor, relaxante Sua beleza era tão grande e sensível tal sinfonia Que o amor cantara para além dos ouvidos, fora marcante Nesse momento sublime, quem a condenaria? Amanhecera mais confiante de que tudo se apaziguaria Evitando ceder a nefastas iguarias do maldito rancor Rolou suas lágrimas pensando em seu amado,se a perdoaria E com a vontade existente em seu ser,afastou-se da dor Fizera um clamor urgente, uma oração pungente Para que não voasse o seu bem-querer, que ali ficasse Mesmo em espírito, tocasse seu ventre, regenerasse Fizesse filhos do mais puro amor reluzente! Autoria: Patrícia Pinna Vídeo: You Tube Imagem: Internet.
Cansaço, talvez um fracasso, um triste mormaço Onde as mentiras piores abrigam-se no regaço Disfarçadas por um sorriso meia-boca,tolo Pretendendo ludibriar em vão um coração incrédulo Já pouso de finais de jogos desleais, passionais Sem prazer, amanhecer reluzente como o sol Engano cítrico que arde a língua, amargo como a cachaça Que arde o estômago, irrita a garganta, corroendo o fígado E quem não aprecia a bebida,a rejeitará certamente Buscando saciar sua sede com água pura ou bebida leve Vontade de felicidade que seja real, não a irrealidade fabricada Mascarada entre a instabilidade de tempo em tempo Na Lua, no Sol, nas estações divididas, subtraídas Resultando em uma mesmice radical, sem viço Traição de si mesmo, tão patética e infeliz Ação veemente é o que falta para mudar esse quadro Rasgar tudo, todo o pano que encobre e cobre vida nova Sem prender-se ao passado longínquo ou próximo Absorvendo a luz acompanhada da esperança-norte Forte, a qual conduzirá os caminhos nos atalhos sem morte! Autoria: Patrícia Pinna Imagem: Internet Vídeo: You Tube
Nos quilômetros distantes, impactantes, segue véu imenso Possuidor de olhos absurdamente atentos,vendo as pontes Os mares,os costumes, as diferenças,suas danças, falas, e crenças Em querência aflita de em milímetros penetrar no seu mundo E bem ao fundo, ser uma paisagem,uma única pessoa A borboleta cantante no infindável adormecer A voz suave que à tua alma cala, suspira, Enfraquece os sentidos com seu jeito destemido E vestidos de amor tornam-se superiores aos caminhos adversos Escrevendo versos da vida real como se fora utopia Mania intensa de viver, esquecer do regresso Sem pressa, encontrar-se no mar a gargalhar Subir nos coqueiros e mais perto das nuvens ficar E na agradabilidade do amor repousar Em suave vento e sua canção de ninar! Autoria: PatríciaPinna Imagem: Internet. Vídeo: Youtube
Monossilábico és, poucas palavras Um grão entre tantos outros Formando formas formosas Na pesada areia, contudo seus verbetes Pronunciam intensidade, felicidade e poesia Falas profundas sequer numa completa frase Ansiada por quem é voraz pelos vocábulos E os diálogos freneticamente misteriosos Segredam veladas descobertas atemporais Envolve nos tempos verbais Adormece os substantivos Tendo como leito os adjetivos!
O amor subjugado à razão ou a razão subjugada ao amor? Entre nuances feito partículas de dúvidas Envolvendo o ser desprovido de sossego Retardando a felicidade nessa noite retratada De agonia e dissolução
Os braços não acolhem,encolhem em sua pequenez insólita Com seus ruídos necessitando de óleo Para desenferrujar suas articulações A lua desapareceu,breu ficou do lado de cá E do teu lado,o que será? Uma estrela a contemplar teu olhar tristonho e sonhador Ou uma chuva torrencial desaguando por seus olhos? E na dança aérea do pensamento por um momento encontra o par E tal qual a profundidade do mar mergulha no encontro do amor Onde a razão e a emoção parecem acertar o passo Nesse bailado difícil de coreografias complexas E os questionamentos perdem seu sentido inicial Valorizando o sentir especial Teu,meu,nosso Transparente transição transformada de intensa confusão Para uma doce mansidão,veracidade da iluminada emoção! Autoria:Patrícia Pinna Imagem:Internet Vídeo:Youtube