A tristeza invadiu seus castanhos olhos
Em forma de rio raso e sem avisar
Na frieza de uma solidão de amargar
Não entendeu suas razões
Nem percebeu as ligações
Tampouco absorveu as intenções
Que magoavam a encantadora alma
Numa ausência de calma
Na procura perpétua de uma saída
Nascentes estranhas e contaminadas
Desenhadas na turva água
Morta em seu silêncio
Agigantando seu dissabor
Sem brilho, sem cor
Correndo aflitivamente
Por sobre as rochas chorosas
Em ver tanta dor!
AUTORIA: Patrícia Pinna
Imagens: Internet
Na espera pela consulta vi tanta animosidade
Irritabilidade por ser cumprido o direito
Dos pacientes atendidos com prioridade
Palavras de maldade
Energia ruim ao meu lado
E a inexistente bondade
Com o semelhante mais necessitado
Um rumo triste sem calor humano
Vidas estão seguindo
Em nome de uma "justiça"
Querendo ver respeitada
A "sua" esperada vez
Todos desejamos
Que a ordem aconteça
Fortalecendo o progresso
Mas para que o outro não desfaleça
É preciso que o amor ao próximo prevaleça
Sem uma cobrança desumana e cega
Ferindo os princípios da generosidade!
Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet
Não faz da tua essência
A verdade, a transparência, o amor e a calma
Queres como a um deus ser venerado
Sendo a ti os manjares levados
Na pequenez do teu templo execrado
Tens a arrogância dos que não têm sabedoria
Dos que não assumem seus erros
Não existindo o reconhecimento inicial
Fonte geradora de qualquer arrependimento
Arrependimento?
Sabes o que é isto?
Tu és o grandioso e poderoso deus
Não és onipotente e nem onisciente
Mas em teu pensamento equivocado
Acredita estar sempre presente
Teu egoísmo não permite que olhe para os outros
A ti mesmo vislumbras buscando os teus interesses
E superficialmente fazes sacrifícios de envolvimento
Para não seres castigado pela maléfica ingratidão
Andando ao lado da temida solidão
A que te isola aniquilando teu coração!
Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet
As flores denotam a alegria do teu sorriso
Essência aromática em minha retina
Fonte de liberdade da tua alma
No momento em que mais preciso
Sentir a tua encantadora calma
Dissipando a cinzenta neblina
Deslizando as pétalas suaves
Sobre a palma da mão sem corrente
Agradecida por livrar-se da serpente
Podendo banhar-se
No seu vermelho rio afluente!
Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet.
Contrariando um triste caminho
De perdas configuradas no presente
Um ninho muito estranho
De dúvidas destemidas
Dançarinas da mente
Permanece o imbatível romantismo
Audaz e incessante dentro do coração
Intimamente surpreendendo o ser
Ora julgando-se descrente
Destoando da frieza ao redor e da paralisia ocular
Do raro momento em que ouve verbalizar
O gesto de amor em sons e acreditar
Um poder indizível cintila a sua morada
Chamado apaixonado
Levando o fluxo curador
Aos ouvidos dormentes
Esperançosos em não seguirem doentes!
Autoria: Patrícia Pinna
Imagens: Internet
