Na madrugada outonal, tarde hora
Faço traços com a minha caneta
Na folha sem cor
Os meus olhos sentem
O sono chegando
Mas preciso encontrar
Um refúgio nas letras
Letras que falam de amor e dor
E eu aqui sozinha estou quase a dormir
Na ausência da beleza do amor
Que esvaiu-se sem pudor
Oh, cores brilhantes
Que não vem clarear
As minhas pupilas
Alegrar os meus desejos
Despertar em mim a paixão
Que há muito lancei mão
Quando penso no amor
Penso também na desilusão
Que decepciona-me bastante
Crendo que o espaço físico
Dividido por nós
Está muito limitado
E sem vida
Ah, felicidade
Por que tens
Um tempo de partir?
Por que não poderias comigo ficar
Fazendo elevar aos céus vislumbrando
As mais belas estrelas
E a lua tão apaixonante?
Sei que esse momento
De amargura irá passar
E eu verei as luzes
A envolver o meu espírito
E receber a paz
No meu solitário coração!
AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
O meu mover não pode ser
Alimentado sem escrúpulos
Pelo meu ego
Preciso tê-lo a fim
De sentir-me bem
Porém, incapaz para ferir alguém
Vaidade, companheira sombra e luz
Dualidade em si mesma
Refletindo no espelho
O brilho exacerbado
Dessa perseguidora incansável
Em busca do nosso coração
Os mais fracos, inseguros
Ou com pouca opinião formada
Serão por ela facilmente vencidos
Quem a domina sabe dos seus benefícios
Usando-os em causa própria
Pois, enquanto LUZ
Ela beneficia quem a tem na medida certa
Para a alma sentir-se um pouco mais coberta
De carinhos plenos
Enquanto SOMBRA
Ela destrói mundos, promove guerras
Interiores e exteriores sem jamais satisfazer-se
Peguemos a força da energia da guerra
E a generosidade do equilíbrio
Então teremos a fórmula exata
A fim de que a vaidade seja
A nossa potente aliada.
AUTORIA:Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
Holofotes apagados na penumbra da noite insólita
Deixando de iluminar nascentes palavras
Precisando de luz e calor
Num ambiente purificado pelo amor
Desdenhadas e abandonadas
Ao frio da ridicularização
Foram por uma flor em botão
Persistente na sua falta de atenção
Inexperiente no meio da multidão
De pensamentos, filosofias e pretensão
Choram as palavras sabedoras da vida em si
Choram as palavras porque são feridas
Na ausência do reconhecimento irmão
Oh, flor! Não sabes que o mundo
Foi feito por meio delas?
E que nelas reside a brilhante simetria?
Flor, abra mais ainda o teu botão
Veja a falta que faz para o teu coração
A múltipla palavra
Que a tua voz, os teus discursos
E a tua inteligência expressa
Ecoa no Universo através do Verbo
Que tanto desdém faz,mas que vive a procurar
O melhor modo em dizer
Palavra, encanto visceral
Que sorvo sem indigestão
Pode ser bênção ou maldição
Escolhendo você a sua condição!
AUTORIA:Patrícia Pinna.
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MÃE, tu és a Lua a brilhar no firmamento
Tão cheia clareando os nossos passos
MÃE, tu és o Sol a agigantar com bom humor
As nossas diversificadas ações
MÃE, tu és a noite causando enlevo
Ao meu olhar atento
MÃE, tu és o dia apressado, rotineiro
Que cerceia os meus movimentos
MÃE, tu és o amor infinito
Incomparável e aflito
Aflito por preocupar-se em demasia
Característica de mãe
Incompreendida és tu pelos teus rebentos
Que não alcançam esse teu modo de ser
MÃE, a sabedoria reside nas tuas poucas
Porém sábias palavras
Nos teus carinhos escassos, contudo significativos
Nas tuas exortações nunca entendidas
Na força que carregas no peito
No seu sofrimento de uma vida inteira
Zelando por nós
Nas lágrimas vertidas
Testemunhadas pelo silêncio
Hoje tu és a minha estrela maior
No firmamento sem fim
A estrela faceira que atende aos meus pedidos
Que encanta quando visível está
Sendo o céu infinito e doador
Tens amigas e com elas conversa
Cada bendita estrela é responsável
Por um ser amável que em terra firme ficou
Assim prosseguimos
Esperando a constelação ver
Entregando o nosso coração
Repartindo a nossa emoção
Numa suave oração
Crendo que as mães estrelas
Dançam, passeiam, trabalham no céu
Ao calor enternecido num olhar em forma de pedido
Para a nossa diversão e proteção
O meu amor deixo para ti, MÃE
Estrela da minha vida
Sempre amada e querida!
AUTORIA:Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
Quando abri os meus olhos
Com a minha respiração
Ainda ofegante, e a boca
Querendo soltar um grito, porém em vão
Você disse que estaria comigo
Voltei de um lugar devastador
Meu espírito parece ainda
Ter ficado preso
À sensações de pavor
Os meus olhos
Demonstrando tristeza
Através das lágrimas
Que deles escorriam
Você disse que estaria comigo
E não me abraçou, não me deu calor
Sequer me acalmou
Ainda quando agora escrevo
As lágrimas insistem em cair
Os batimentos do meu coração assustado
Estão muito acelerados
Que lugar era aquele em que me encontrava?
Por que pessoas de rostos familiares
Me causaram pavor, tanta dor?
Por que me oprimiram?
Eu só queria sair de lá
Do pânico, do desespero e da agressividade
E de coisas das quais não consigo falar
Só queria voltar para
O aconchego da paz
Para a respiração calma
Estranha e muito real é a experiência
Sufocada e oprimida está a minha alma
Poderia eu falar de assuntos bonitos
Só que nem tudo é assim
No meu imaginário
Ainda me refaço do grande susto
De me encontrar num mundo
Tão cheio de maldade
E ser vítima dela
Você disse que estaria comigo, repito
Porém, nada fez para acalmar
O meu espírito angustiado
Que há muito não vivenciava
O terror das trevas e do pesadelo
Nem uma oração
Nem um abraço que pedi
Sem encontrá-lo
Apenas a frase vazia
De que estaria comigo
Você não me convenceu
Eu via em sua expressão
A vontade de dar continuidade
Ao que concentrado fazia
E assim, pus-me a escrever
A desabafar na folha branca
A pedir eu mesma a Deus
Que acalmasse o meu coração
E que para aquele lugar
Tão povoado de energias negativas
Tão monstruoso e real
Eu não mais voltasse!
AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
O que você está esperando para beijar-me
Para abraçar-me, para ter-me em teus braços?
O que você está esperando para amar-me e dizer
Com a suavidade da tua voz
Que eu sou a tua amada, mais que amada?
O que você está esperando para tirar do meu ser
Um sorriso largo, gostoso e muito feliz?
O que você está esperando para esquecer
Do mundo lá fora e vir ao meu encontro
Sem medo
Sem questionamento
Sem aborrecimento?
O que te prende onde estás
O que te faz infeliz
Ou enraizado no solo que não é teu?
Eu te CHAMO
Eu te AMO
Eu te ESPERO
O meu clamor é feito
Com a alma que transcende o Universo
Que felicita a humanidade em nós
E que absorve o amor em mim
O meu clamor é real
Vez em quando fatal
Um pouco avassalador
Tamanha intensidade da minha alma
Que não consegue entender
O que você está esperando
Para inteiro vir para mim!
AUTORIA: Patrícia Pinna.
Imagens: Internet.
Despertar em mim a paixão
Por que não poderias comigo ficar
