REDESCOBRIDORES DA ALMA!

domingo, 9 de dezembro de 2018

Andarilho By Patrícia Pinna



Na mente, de repente, mente, sente o que pressente
Experiente em dores agudas , dependente de ar
Agoniza em tempo presente, leito antigo de lembranças
Cartomantes sorridentes a vender-lhe a sorte do destino 
Nas vielas de risos escondidos, túmulo vivente
Andarilho para a esquerda e direita, muitas veias

Coube-lhe na mão pequena flor, um espinho e uma pétala
Cactos e Jasmim, desertos e oásis, pesticida e incenso
Obrigação e liberdade, longo e curto prazo
O quadrado e a roda, o mínimo e o máximo
O egoísmo e altruísmo, presentes do Universo
Verso e reverso do caminhante ingênuo, pleno

Ressoar de prata na escadaria mais alta
Um deus de muitas verdades e pouca crença
Invariável desejo de pertença sobre si mesmo
As mãos, os pés, sua veias finas, seu carmim
E, assim, caminha mais uma vez, ao som da insensatez



Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos reservados por Lei
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domingo, 25 de novembro de 2018

Fêmea By Patrícia Pinna



Tentou diversas vezes rabiscar linhas
Criar versos em sintonia com a paisagem da beleza
Mas a realeza estava ao chão
Suas roupas eram vestes inferiores, rasgavam-se à toa
Muita linha para coser todo o tecido
Sofrido com a erosão inevitável do tempo

Sofria de desesperança, bebericava goles
Finais de esperança, mordia em orgasmo sua pele aflita
Quisera ser o voo mais alto de benevolência
A pureza dos olhares de amantes
A eternidade em si
O abraço mais acolhedor e intimista, seu casulo

Tentara, sofrera, quisera...

Inflou seu ego como ao do imponente pavão
Fantasiou uma solução
Atirou suas penas como armas de proteção

Vestiu sua mente de vaidades
Começara a crer nas verdades inexistentes
Procriou como fêmea, e deitou-se como criança
Sorriu...


Autoria: Patrícia Pinna
Direitos Autorais reservados por Lei
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domingo, 4 de novembro de 2018

O Oculto da Reconstrução! By Patrícia Pinna




Cabia-lhe no profundo pesar dos olhos
A visão desconhecida, alma clara, pólen
Enleio de remanso, uma imaginação 
vertiginosa, instrumental preenchido
por versos impressos de vida, ora falida

Fecundo ventre amante do campo 
e seus silêncios crus, pinheiros musgos
poesia bucólica, a contemplação despida
na despedida, embargo na voz

Regresso ciente do caminhar sem lua
Canto de gaiola sem água, novo sentido
Além da sua percepção intuitiva, mágoa
e um escudo invisível a lhe procurar

A pedra serviu-lhe de travesseiro
Toda terra do fundo da cachoeira, de unguento
e, os animais de ouvintes, num monólogo
compreendido, bem mais do que se fossem humanos
e o fogo afastara de si os tropeços da escuridão
Foi-se, então, forte, protegida e amada pelo não revelado
nesse tempo de reconstrução, nada é em vão!


Autoria: Patrícia Pinna
Direitos autorais reservados por Lei
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domingo, 2 de setembro de 2018

Altar Sem Razão By Patrícia Pinna



Eu não conhecia o verbo brigar
Colocava-te em um altar
De flores perfumadas, admiradas
Frescas, a irradiar muita luz

Nada ofuscava a tua beleza, leveza de Céu
Sequer em pensamento haveria um fel denso
A cobrir-te a calma, eu rezava a prece mais fiel

Pasma, pus-me a ver a escuridão
A dissolução do verbo amar
Ou a ineficiência de sua conjugação
São tantas razões...

Não eras Deus para estar em um altar
Amorteci tua queda quando caíste de lá
Fiz-me protetora e sofredora ao te amparar
Mas será que sabes o valor de se doar?


Autoria: Patrícia Pinna
Direitos autorais reservados
Imagens: Internet.




terça-feira, 21 de agosto de 2018

Amor Maior By Patrícia Pinna



Olha-me com ternura
Em castanhos olhos
Refletores de luz
Uma poesia sem voz
Letras vivas demais
Primazia!

Beije-me com suavidade

Sacie a sede da saudade
Faz-se brisa, dissipa o nevoeiro
E venha inteiro

Venha, amado amor

Não tarde em ficar
Só rio com você
Minha real inspiração

Uma canção apaixonada

Que não quero deixar de ouvir e cantar
Nas ondas sonoras da alma
Onde componho minha paz interior!


Autoria: Patrícia Pinna
Direitos autorais reservados
Imagens: Internet




quinta-feira, 16 de agosto de 2018

A Volta da Solidão



Ela não queria voltar
Agarrou-se ao pequeno gesto
O que presumia uma festa

Com som suave e intimista
Engoliu as dores, raspas de sangue
Em madeira esculpida e simplória
Colocou-se entre passado e presente
Clamava o ardor do futuro
Tempo inerente ao olhar sem visão, coração

A Lua tão cheia refletia seu espírito
E o Céu, seu dissabor
Por quevoltaste, cruel dama?
Não convidei-te, abri a porta
Destranquei as correntes para ti
És intrusa, inoportuna, um ser sem piedade
És escória, um flagelo, um deserto
Aparta-te de mim, insana criatura
Não volte, o exílio é o teu lugar

Faça par com o desespero
Enquanto eu, farei com a esperança
A convidarei para uma dança
Com passos sincronizados no amor!

Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos reservados
Imagem: Internet

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Um Dia Eu Amei By Patrícia Pinna


Um dia eu amei
Amei com a força maior
De uma tempestade
Com a serenidade do voo

Olhar de criança

Um dia eu amei
Cri em eternidade
Saudade de um
Segundo de ausência
Vestindo-se de infinito


Um dia transpus dores
Abri os braços
Para receber
A vida colorida
Envolta em belo sorriso


Um dia perdi, feri, destruí
E fui objeto do sofrimento
Silenciaram os sons do amor
Esvaziaram-se os reservatórios
Dissiparam-se
Em fumaça os raios do Sol

E a negritude fez morada
Em peito meu, pranteei
Pranteei de tanto
Que amei!



Autoria: Patrícia Pinna
Direitos reservados por Lei
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domingo, 29 de julho de 2018

A Nuvem By Patrícia Pinna


Feito sombra densa e  inseparável
Veio a nuvem escura
Descarregar suas águas
Num grande nível de mar

Tinha forma de um impreciso sorriso
Apressado em voltar
A reluzir como raio solar
Audaz lírio-branco

Expurgava suas dores lembranças doridas
Tentando sobressair
Numa imagem colorida
Que os anos de outrora traziam

Saudades do seu eu
Da poesia, alinhavo da alma e inspiração
Mergulhara ao encontro da morte
Sem sorte, voltara a respiração

O breu impedia a entrada da leveza
Que tristeza
Quisera em seu âmago
Encontrar a esperança
Mãe de todos sofredores, entregar a má sorte aos cuidados do ar!

Autoria : Patrícia Pinna
Direitos reservados por Lei
Imagem: Internet

domingo, 24 de junho de 2018

O Encanto D'Alma By Patrícia Pinna



Dedos acariciando caracóis castanhos
Talvez, pretos, um sussurrar rezando
A mesma prece em alma refeita

Solo de amor  e virtude
Emana luz por entre dores reincidentes
Onde o aroma das orquídeas
Envolve permanentes momentos, seus ares

Um alento silencioso
Na profusão dos olhares
Onde tudo faz-se esquecer, poesia

Impedindo o Sol adormecer
Tampouco o encanto da Lua
Deixar de resplandecer
Mistérios de unicidade

Venha enleio apaixonado
Rasga minh'alma, faz-se protetor
Liberta o poder rejuvenescedor
Encontrado no amor!


Autoria: Patrícia Pinna
Direitos reservados por Lei
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sábado, 9 de junho de 2018

Às Vezes By Patrícia Pinna




 Deita o corpo, a alma e o espírito
No rubi indesejado e sem gracejo
Num sussurro lancinante e preocupante
Uivo de loba totalmente tola

Despe-se do seu amor
Seu sorriso
Seu brilho lunar
Envereda-se consoante
Ao que seu sentido prevê
E vê a forma fluídica perecer

Às vezes, poucas, intensas horas
Em que  o domínio escapa-lhe
Do cerne do equilíbrio
Vociferando agonias intermináveis!



Autoria: Patrícia Pinna
Direitos autorais reservados por Lei
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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Esquecimento By Patrícia Pinna



Um intenso caminho
Três vidas, fôlego
Destino desmembrado
Em unidade
Sombria, confusa e pura

A Lua perdera a luz branca iluminadora
Dos ávidos por felicidade
E, em pranto escuro
Desfez-se 

Implorou a sua morada
O esquecimento
Das agruras sofridas
Implosões cinzas
Agonizantes, escombros

Um lânguido olhar
Lançou sobre si
Buscou a poesia
Da verdade e o antagonismo
Da sua insana realidade

Autoria: Patrícia Pinna
Direitos reservados
Imagens: Internet.



domingo, 18 de março de 2018

Liberdade By Patrícia Pinna



Sente a areia brejeira
Fazer cócegas
Em seus pés livres
Arrancar-lhe 
Das pequenas pedras
Desviar o caminho
Sorrir com os olhos
Novos que recebeu

Voou com
O vento Norte
Provou da paz interior
E, a seu dispor,
Celebrou a sorte
A morte ficara
Na esfera inferior

Apaixonou-se
Pelos detalhes
As ondas vibracionais
Laço forte
Não se desfaz

Apagou seu resumo
Escolheu a busca
Pela completude
Realidade incompleta
Vendo a  virtude beber
Os goles da exposta felicidade
Embriagada pelo sono de Baco!



Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos reservados
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sábado, 27 de janeiro de 2018

Semente By Patrícia Pinna




Vendavais interiores, rodopios de quase queda
Folhas incorporam-se na pele feito árvore desfolhada
E, nua, fica esperando que sua roupa
Volte a cobrir sua nudez
Sem proteção da Natureza, perde
A destreza da recomposição


Queria voltar a ser semente
E, fortalecer sua raiz, crescer seu tronco
Sendo imbatível às ventanias

Deixando a chuva cair regando a terra
E, o Sol,fortalecer seus pequenos galhos
Desabrochando tal qual poesia
Atravessando a alma e fazendo dela
Seu recanto especial de leveza e singeleza
Formando um elo forte, de energia e frescor


Autoria: Patrícia Pinna
Todos os direitos autorais reservados
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